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Politica Brasil
Sexta - 19 de Junho de 2009 às 17:27

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Sachetti deixa direção da legenda em 30 de julho; Wellington fecha "dobradinha" com Homero, com direito a transferir base eleitoral, tudo para assumir o partido e reforçar projeto ao Senado; grupo de Maggi resiste e quer Mauro Mendes no comando partidário ----------------------------------------------------

Os deputados federais Wellington Fagundes e Homero Pereira, dentro da estratégia de salvarem seus projetos políticos visando as eleições de 2010, decidiram se unir na tentar de conquistar a direção regional do PR. Fagundes quer a presidência do partido para servir de trunfo com vistas a viabilizar sua candidatua a senador. Homero, em moeda de troca, vai à reeleição, numa dobradinha com Fagundes, que até já começou a transferir para o aliado parte de sua base eleitoral em cidades-pólos, como Rondonópolis e Barra do Garças. A investida da dupla provocou nova crise no PR. O grupo majoritário, que congrega a chamada turma da botina ligada ao governador Blairo Maggi, não aceita Fagundes na presidência. Defende que o dirigente seja o empresário Mauro Mendes, que disputou e perdeu no segundo turno a Prefeitura de Cuiabá no ano passado.

O presidente Moisés Sachetti deixa o cargo em 30 de julho. Ele já tinha definido essa data numa reunião com Maggi ainda em fevereiro. Desse modo, a saída de Sachetti nada tem a ver com a troca de farpas nesta semana com o cacique do PP, deputado José Riva, presidente da Assembleia. Pelo entendimento com Maggi, Sachetti se afasta do comando partidário para se dedicar ao projeto de candidatura a deputado federal.

A voz corrente dentro do PR, que possui no Estado 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais e mais o governador, é de não permitir que candidato às eleições do próximo ano venha a assumir a presidência estadual para evitar privilégios. Mesmo assim, alguns entendem que, no caso de quem disputar cargo majoritário, que seria a situação de Fagundes, não deva haver empecilho para se tornar presidente. Fagundes está no quinto mandato de federal e, nesse interím, disputou e perdeu duas vezes a Prefeitura de Rondonópolis. Agora, ele está determinado a encarar candidatura a uma das duas vagas de senador, após a desistência de Maggi.

A exclusão de Fagundes da turma da botina complica suas articulações para vir a conduzir o PR. O bloco majoritário defende que a presidência fique sob Mendes. Em princípio, a cúpula convidou Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit em Brasília, para assumir o posto. O ex-trator do governo Maggi na época em comandou três secretarias (Infraestrutura, Casa Civil e Educação) recusou o convite. Pagot entende que está com muitas atribuições como diretor de uma das autarquias mais cobiçadas da estrutura do governo federal. O governador deve intervir para evitar racha no PR e possíveis debandadas. O partido já sente o peso do efeito "devastador" devido à falta de perspectiva de poder diante de um grupo que está prestes a completar 8 anos no Palácio Paiaguás.





Fonte: RD News

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