Jaime e Serys defendem que haja mais transparência do Senado
Os senadores mato-grossenses Jaime Campos, do DEM, e Serys Slhessarenko, do PT, em entrevistas para o Olhar Direto, defenderam a adoção de medidas de transparência no escândalo convencionado de "atos secretos" do Senado, no qual a mídia paulista denunciou a contratação de parentes, amigos e até de cabos eleitorais dos parlamentares sem a devida publicação no veículo oficial naquela casa de leis.
"Tem que passar tudo a limpo. O desgaste do Senado é visível e só uma mudança de rumo com bastante transparência pode garantir uma recuperação na imagem da instituição. Não se pode aceitar atos secretos, pois a clarividência é necessária", afirmou Campos, que, apesar das críticas, usou tribuna para solidarizar-se com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Para o parlamentar democrata, a transparência precisa ser assegurada com a modernização administrativa completa. "Sem um choque de gestão, não haverá uma correção da rota. Então temos que modernizar, informatizar tudo e garantir transparência em todos os atos", enfatiza.
Longe de ser a Serys combativa de antes, a senadora limitou-se apenas a afrmar que "não se pode aceitar nenhum tipo de ato secreto". "Defendo transparência em todos os atos internos, porque só assim poderemos dar uma resposta à sociedade. E temos que apurar tudo também e revelar o que foi investigado", declarou.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, mais de 500 atos secretos já foram identificados em levantamento preliminar. Muitos dos atos são relativos à contratação de parentes dos parlamentares, com destaque para os de José Sarney.
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