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Politica Brasil
Terça - 16 de Junho de 2009 às 11:52
Por: Andréa Haddad

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A família Mendes, originária de Diamantino, protagoniza um curioso caso de sucesso no Judiciário brasileiro e que já extrapola em muito as barreiras de Mato Grosso. Os patriarcas, desembargador Joaquim Pereira Ferreira Mendes e Francisco Ferreira Mendes, conseguiram emplacar ao menos oito sucessores de prestígio na carreira jurídica. O principal deles é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), polêmico ministro Gilmar Mendes. A família “comanda” não apenas a mais alta corte do país, como tem representantes em várias esferas de Poder, seja por meio da magistratura ou na política. Por quase 10 anos, o patriarca e desembargador Joaquim Pereira Ferreira Mendes ocupou a presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (1908-1913, 1916-1917 e 1918-1920). Foi o único a presidi-lo por mais de duas vezes. O filho Mário Ferreira Mendes seguiu os passos do pai e foi promovido a desembargador.

Quatro netos de Mário despontaram nas diversas esferas do Judiciário mato-grossense. Dois deles alçaram vôo mais alto e já trabalham em Brasília. Juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Yale Sabo Mendes é reconhecido nacionalmente pela atuação no Juizado Especial do Planalto, em processos relacionados ao Direito do Consumidor. Ele é irmão do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), Ítalo Fioravanti Sabo Mendes. Ambos são primos distantes do juiz Francisco Mendes, que fará parte do Pleno do TRE no biênio 2009–2011, e ocupará a vaga do próprio Yale. Ambos não se bicam, mas reconhecem o parentesco, já que o avô de Yale é primo do avô de Francisco Júnior.

Por outro lado, Ítalo e Yale são primos de primeiro grau do presidente do STF, Gilmar Mendes, neto de Mário Ferreira Mendes e filho de Francisco Ferreira Mendes, prefeito de Diamantino pela Arena durante o período militar. Ítalo, Yale e Gilmar cursaram Direito na Universidade de Brasília (UnB). Após exercer o prestigiado cargo de advogado-geral da União e fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (Uned), Gilmar Mendes foi nomeado ministro do STF em 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O sucesso da família na magistratura, além da herança política, certamente contribuiu para que o irmão caçula do presidente do STF, Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes (PR), chegasse ao posto de prefeito de Diamantino, inclusive por dois mandatos. Seu candidato à sucessão nas eleições de 2008, Juviano Lincoln (PPS), foi derrotado nas urnas, mas “levou” a prefeitura no chamado tapetão. É que, com a cassação de Erival Capistrano (PDT) por crime eleitoral, a cadeira ficou com Lincoln, que pertence ao grupo dos Mendes. O último membro da família Mendes a despontar na vida pública é Djalma Sabo Mendes, nomeado este ano defensor público-geral do Estado, mesmo com menor votação dos defensores. Foi uma escolha pessoal do governador Blairo Maggi, amigo pessoal do ministro Mendes. Os Mendes ainda contam com juízes nos Estados do Acre e Amapá. Um deles é Élcio Sabo Mendes, que atua em Rio Branco (AC). Ele é filho do juiz aposentado Élcio Sabo Mendes, irmão do ministro Gilmar.





Fonte: RD News

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