Desmatamento é reduzido em Unidades de Conservação em Mato Grosso
O desmatamento em Unidades de Conservação Estaduais e Federais, Terras Indígenas e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), em Mato Grosso, vem diminuindo anualmente. É o que vão revelar os dados do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE), do Sistema de Proteção da Amazônia, que mediu o desmatamento em áreas de preservação do Mato Grosso, durante o ano de 2008, serão divulgados nesta terça-feira , às 8h30, no auditório da Associação Matogrossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá.
O ProAE é realizado desde 2005 pelo Sipam, que tem dentre suas atribuições, a geração de informações sobre o meio ambiente amazônico. Além de Mato Grosso, estão sendo monitorados por meio do programa, os Estados do Acre e Rondônia, através da coleta e interpretação de imagens de satélite. Em Mato Grosso, foram obtidos dados sobre alterações da cobertura vegetal das 69 terras indígenas, 40 unidades de conservação estaduais e 8 federais, além das 2 reservas particulares do estado. São quase 20 milhões de hectares ou 200 mil quilômetros quadrados (cerca de 22% do território mato-grossense) onde existem, por lei, restrições ao desmatamento.
Em relação às Unidades de Conservação estaduais, o acumulado até 2005 indicava o desmatamento em 365 mil hectares. Em 2006 houve um acréscimo de 121 mil hectares, em 2007 de 51 mil hectares e, em 2008 de 4.700 hectares. Em relação às Unidades de Conservação federais, até 2005 a área desmatada no estado era de 31.700 hectares. Em 2006 foi de 14.600 hectares; em 2007, de 14.400 hectares e, em 2008, 254 hectares. Já em relação às Terras Indígenas, até 2005, a área desmatada era de 331.700 hectares. Esse número sofreu um acréscimo de 63.700 hectares em 2006, em 2007 foram 37 mil hectares e em 2008, de 7 mil hectares.
“Os números demonstram o empenho e a preocupação dos órgãos federais e estaduais para se atingir o desmatamento zero”, salientou José Neumar M. Silveira gerente do Centro Regional do Sipam, de Porto Velho, ao destacar que algumas Unidades de Conservação como a ESEC Rio Ronuro (Nova Ubiratan), ESEC Rio Madeira (Colniza), Parque Estadual Cristalino II (Alta Floresta e Novo Mundo), Parque Estadual Encontro das Águas (Poconé e Barão de Melgaço) e Reserva Ecológica Apiacás (Apiacás), tiveram desmatamento zero no ano passado.
Segundo o gerente, em 2008, os índices diminuíram em relação ao último levantamento, porém, seguem ocorrendo nessas áreas teoricamente protegidas. “A maior alteração anual ocorreu nas terras indígenas. Já as unidades de conservação estaduais, mesmo tendo reduzido a incidência de desmatamento em 2008, têm a maior área devastada no acumulado dos anos, 20% de seu total”.
O detalhamento do estudo, bem como a entrega de CD-Rom com os dados, acontecerá a partir das 8h30 no auditório da Associação Matogrossense dos Municípios, localizada na avenida Historiador Rubens de Mendonça, 3920, no CPA. Representantes de órgãos federais, estaduais e municipais participarão do evento.
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