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Politica Brasil
Quarta - 10 de Junho de 2009 às 11:58
Por: Patrícia Sanches

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O pai do deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), o pecuarista Adalto de Freitas (DEM), 71, e o prefeito de Terra Nova do Norte e vice-presidente da AMM, Manoel Rodrigues de Freitas (PR), estão entre as 75 pessoas e/ou empresas processadas, a partir de denúncias do Ministério do Meio Ambiente. Eles são acusados de cometer crimes ambientais. Freitas foi candidato no ano passado a vice-prefeito de Vila Rica na chapa encabeçada por Luciano Alencar (DEM). A dupla só chegou a 3.428 votos e foi derrotada por Naftaly Calisto e o vice Nivaldo José (os dois do PMDB), com 5.282 votos.

Segundo o deputado Daltinho, sua família é pioneira em Vila Rica. Vive na região há 50 anos e possui três propriedades que, juntas, somam 4 mil hectares. Entre as propriedades está a fazenda Floresta. O pecuarista Adalto é acusado de derrubar ilegalmente 250 hectares. Como desrespeitou a legislação que delimita percentual permitido de desmate em cada propriedade, entrou na lista de desmatadores da Amazônia. O prefeito Manoel de Freitas é acusado de desmatar ilegalmente 381,94 hectares. Ele lançou candidatura à presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), mas acabou desistindo de última hora. Compôs a chapa que elegeu para o comando da entidade o prefeito de Jauru Pedro Ferreira (PP). Manoel ficou como vice-presidente da AMM.

O deputado e empresário Daltinho se mostra inconformado com a inclusão do nome da família na relação de desmatadores. “Isso tudo não passa de uma verdadeira palhaçada. Eles querem pegar as pessoas que têm maior representatividade para insinuar que nós políticos não fazemos o dever de casa. Isso é um absurdo”, dispara Daltinho, que possui residência fixa em Barra do Garças, onde concorreu e perdeu para prefeito em 2004. “A sociedade mato-grossense já está consciente. Sabe que o Brasil não vai deixar de produzir por causa dessas listas. Mato Grosso e Amazônia vão continuar ajudando a economia brasileira”, diz Daltinho. Segundo ele, o código florestal já existe e por isso não há motivo para a divulgação dessas listas.

Esta é a segunda vez que o Ministério do Meio Ambiente divulga a polêmica lista dos maiores desmatadores. A primeira foi em outubro de 2008. Agora nesta nova listagem foram levados em consideração mais dados. Além disso, foi feito um raio-X apenas em Mato Grosso. O Ministério do Meio Ambiente vai apontar agora as pessoas que cometem crimes ambientais no Pará e Rondônia.

A fazendeira Rosane Sorge Xavier, que desmatou nada menos que 16,024 mil hectares em Vila Bela da Santíssima Trindade encabeça a lista dos chamados “inimigos do meio ambiente”. Em segundo lugar aparece João Ismael Vicentini, que desmatou ilegalmente 7,238 mil hectares em Feliz Natal. No total, foram desmatados 80,204 mil ha e extraídos 58,774 mil metros cúbicos de madeira sem autorização.

Nenhum dos desmatadores ilegais foi preso, mas todos terão de pagar multas proporcionais ao dano ambientais causados e reparar o prejuízo à natureza. Além de fazendeiros, algumas empresas foram enquadradas. Entre as pessoas jurídicas estão a Madeireira Rio Madeirinha, em Colniza, onde foram apreendidos 1056,638 metros cúbicos de madeira, e a Maboré Indústria e Comércio de Madeiras, onde houve apreensão de 2.272,672 metros cúbicos.

(12h20) - Prefeito Manoel diz que terras eram de seu avô e nega ter promovido desmate

O prefeito de Terra Nova do Norte, Manoel Rodrigues de Freitas, garante que não promoveu desmate em suas terras. Ele afirma que não tem nenhuma fazenda, apenas propriedades de pequeno porte. "Meu avô, que tem o mesmo nome que eu, tinha propriedades grandes. Ele já faleceu a pouco tempo e as terras ficaram para a família", disse. Irritado, o republicano não quis falar sobre as denúncias. Se limitou a dizer que ainda não tomou conhecimento da lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, mas que o desmate apontado deve ter ocorrido na fazenda de seu avô.





Fonte: RD News

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