Prefeito Santos orienta 3 secretários para disputa a deputado
A exemplo do governo do Estado, que terá até abril do próximo ano ao menos 6 trocas de secretários e de 2 presidentes de empresas vinculadas à máquina estatal por causa de candidaturas, a Prefeitura de Cuiabá também deve registrar quatro desfalques no primeiro escalão. Os secretários Mário Olímpio (Carlão), Carlos Carlão do Nascimento (Educação) e José Aparecido, o Cido, coordenador na Capital dos R$ 238 milhões destinados aos projetos do PAC, estão se movimentando já como pré-candidatos a deputado estadual. Além disso, o Palácio Alencastro ainda tem o secretário de Governo, Oswaldo Sobrinho (PTB), como virtual concorrente a uma das duas vagas de senador e o próprio prefeito Wilson Santos, principal nome do PSDB para a disputa ao governo estadual.
Filiado ao PV há oito anos, Olímpio é tido hoje pelo prefeito como "secretário intocável". Ele comanda a Cultura desde janeiro de 2005, quando Santos assumiu o Alencastro, a exemplo da primeira-dama Adriana Bussiki, do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU). As demais pastas passaram por mudanças de comando nestes cinco anos de gestão do tucanato. Mário Olímpio traz um discurso pragmático. Argumenta que há 25 anos desenvolve atividades na área cultural e entende que o setor precisa ter um representante na Assembleia. A partir daí se encorajou a entrar no páreo, principalmente se o prefeito for mesmo candidato a governador.
O tucano Carlão é hoje suplente de deputado. Já exerceu mandato na AL e outros cargos no Poder Executivo estadual, como de secretário de Educação e de presidente do Detran no governo Dante de Oliveira (1995/2002). Ele tem aproveitado o fato de conduzir a secretaria com maior estrutura, inclusive de servidores, para fazer pré-campanha nos bastidores. Integrantes da Executiva estadual do PSDB, Cido Alves fará uma "dobradinha" com a deputada federal Thelma de Oliveira, sua madrinha política. Ele vai tentar cadeira de estadual, enquanto Thelma buscará a reeleição.
Com essas mudanças previstas no primeiro escalão, quem ficará mais aliviado para montar sua equipe será o hoje vice Chico Galindo (PTB), secretário de Orçamento, Planejamento e Gestão. Ele vive expectativa de assumir em definitivo o cargo de prefeito a partir de abril, com a provável renúncia de Santos para ser candidato a governador. Nesse caso, Galindo ficaria com mais de dois anos de mandato e aproveitaria a desincompatibilização de membros do staff para, de quebra, mudar quase todos os membros do primeiro escalão.
Essas mesmas mudanças de secretariado tendem a acontecer no Palácio Paiaguás, com a renúncia já para dezembro deste ano do governador Blairo Maggi e a posse na cadeira de Silval Barbosa (PMDB), outro que está de olho na sucessão estadual.
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