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Politica Brasil
Sábado - 06 de Junho de 2009 às 19:15

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Parcimonioso e com bom trânsito nos grupos rivais que compõem o PMDB em Mato Grosso, o deputado estadual Antonio Brito, o Pastor Brito, transformou-se num dos principais articuladores da reaproximação entre os correligionários Zé Carlos do Pátio e Silval Barbosa, prefeito de Rondonópolis e vice-governador do Estado, respectivamente. “Eu friso muito a importância da união. Acredito que o Pátio estará no palanque do Silval em 2010, tanto que os dois vão sentar para conversar”, disse. Nesta segunda (8), Silval se reúne com Pátio, em Rondonópolis, para discutir a situação da saúde no município. A visita do vice-governador demonstra a intenção de Silval de se reaproximar de Pátio para evitar possíveis desgastes internos no momento em que se prepara para assumir a máquina do governo estadual e, posteriormente, encarar a possível disputa para permanecer à frente do governo do Estado.

Na eleição de 2008, Pátio venceu o candidato do governador Blairo Maggi (PR), que pleiteava a reeleição, Adilson Sachetti (PR). A disputa foi acirrada e parte do PMDB deixou de apoiar publicamente Pátio para não desgastar o relacionamento do vice-governador com Maggi. Contrariado, o prefeito de Rondonópolis passou a ignorar a virtual candidatura de Silval ao governo. À época, Brito foi o único membro da bancada do PMDB na AL a subir no palanque e pedir apoio a Pátio. “Da mesma forma que apoiamos a candidatura do Pátio, que inclusive apoiaria novamente se fosse o caso, defendo agora o nome do Silval. Tenho apreço pelos dois”, afirmou Brito.

Candidato à reeleição à Assembleia, Brito não conseguiu eleger-se em 2006. Ele teve 7.460 votos e ficou como segundo suplente do PMDB. Após a renúncia de Pátio da AL para assumir a Prefeitura de Rondonópolis, Brito assumiu em definitivo a cadeira de deputado.

Cáceres

No segundo encontro estadual do PMDB, realizado nesta sexta (5) em Cáceres, Brito disse que se identifica com Cáceres, apesar de ter recebido votação expressiva em todos os municípios mato-grossenses em função do trabalho evangélico. “Realmente tenho um apreço muito grande por esta região e quero ser o candidato de Cáceres. Para isso, vou montar uma base de trabalho no município”.

Além da se identificar com a cidade, Brito destacou a falta de lideranças de Cáceres na Assembleia. “Esta região não elege um deputado estadual há mais de uma década. Eu concordo quando os moradores reclamam que Cáceres é uma cidade esquecida”, disse. Ele ponderou que Maggi e Silval não podem ser responsabilizados pela situação do município. “Não podemos culpar o governo, mas a falta de articulação política”.

Questionado sobre a contradição no fato de Cáceres ter conseguido reeleger ao menos um deputado federal na última eleição e, ainda assim, ser carente de lideranças, Brito preferiu não tecer críticas ao deputado Pedro Henry (PP), bem como ao irmão Ricardo Henry (PP), reeleito prefeito do município em 2008, mas cassado por compra de votos. “Só sei que esta é a realidade de Cáceres: uma cidade abandonada”, desconversou para evitar confusão com os irmãos progressistas, já que o PP e PMDB fazem parte do arco de alianças que reelegeu Maggi em 2006. As duas siglas ainda não sabem se vão caminhar juntas em 2010.





Fonte: RD News

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