Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 06 de Junho de 2009 às 15:58

    Imprimir


A seis meses de concluir antecipadamente o mandato, o governador Blairo Maggi tenta recompor o chamado núcleo duro da administração, com assessores de extrema confiança numa linha mais técnica para, dentro dessa precaução, evitar furo de caixa e/ou adoção de medidas que venham a trazer complicações para sua gestão. Busca fechar torneiras e segurar a sanha dos rebeldes e opositores, de modo a não provocar desgaste nesta reta final do mandato.

O ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti assumiu na última segunda, 1º de junho, o cargo de secretário Extraordinário de Apoio e Acompanhamento às Políticas Ambientais e Fundiárias do Estado mas, no fundo, a intenção de Maggi e tê-lo mais próximo para ajudá-lo a administrar com mais austeridade. Derrotado à reeleição no ano passado, o ex-prefeito é mais técnico que político e terá o papel de interferir nas decisões mais complexas, já com a predisposição de "dizer não". Será espécie de porta-voz e conselheiro do Palácio Paiaguás.

Maggi se vê desfalcado do seu grupo da turma da botina dentro do próprio governo. Tenta, com Sachetti, recompor parte da equipe. Antes, os assessores de maior confiança eram Luiz Antonio Pagot, Waldir Teis e Cloves Vettorato. Após comandar as pastas de Infraestrutura, Casa Civil e Educação, Pagot deixou o Paiaguás para assumir o posto de diretor-geral do Dnit em Brasília. Ele era o chamado trator da administração. Teis saiu da pasta da Fazenda para virar conselheiro do TCE-MT. O último desfalque veio com o falecimento de Vettorato.

Dos 24 secretários, os únicos "intocáveis" desde janeiro de 2003, quando Maggi assumiu o Paiaguás, são Yênes Magalhães (Planejamento) e a primeira-dama Terezinha Maggi, que comanda a secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social. Os demais, ou foram remanejados ou substituídos. Em algumas pastas, ocorreram três ou mais trocas. Maggi decidiu por deixar a cadeira de governador em dezembro deste ano. Sua estratégia é deixar o orçamento de 2010 que deve superar a R$ 8 bilhões, que marcaria o último ano da gestão, para o vice e pré-candidato a governador Silval Barbosa (PMDB) executá-lo por inteiro. Enquanto isso, vai aguardar o momento para assumir um dos ministérios do governo do presidente Lula e, à distância, acompanhar as brigas eleitorais, quando estarão em jogo 24 vagas de deputado estadual, 8 de federais, 2 de senadores e mais a de governador e de presidente da República.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/158782/visualizar/