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Politica Brasil
Quarta - 03 de Junho de 2009 às 10:01

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Superada a euforia dos três primeiros dias pela escolha de Cuiabá como uma das 12 subsedes da Copa de 2014, autoridades responsáveis pelo cumprimento de uma série de metas começam agora o maior desafio: executar um pacote de obras e ações prometidas à Fifa. Se não cumprí-las, a capital mato-grossense perde o direito de sediar o Mundial de futebol. Há muitas dúvidas e desconhecimento geral sobre como ficará cada projeto na prática. O governador Blairo Maggi e o prefeito Wilson Santos, que "roubaram" a cena na festa de domingo em comemoração à inclusão de Cuiabá na Copa em detrimento de Campo Grande, precisam agora descascar o "abacaxi". A prefeitura já avisa que não tem recursos e que dependerá basicamente do Estado e da ajuda da União para receber as obras macro prometidas.

Está prevista, por exemplo, a construção de um metrô dentro dos próximos cinco anos. Quanto vai custar? Onde começa e onde termina o itinerário? Como ficam as desapropriações? São questionamentos que começam a ser feitos aos dois gestores. Santos já avisou que a prefeitura é parceria no apoio, mas que não conta com recursos para ajudar nas obras macro. Pelo visto, os cerca de R$ 6 bilhões de investimentos terão de partir do Estado e da União.

Uns defendem que o novo estádio, orçado em mais de R$ 300 milhões, seja construído em outro local, enquanto o projeto apresentado à Fifa define reconstrução do Verdão, no bairro Cidade Alta. Faltam definir os locais exatos onde vão ser construídos os quatro centros de treinamento em Cuiabá, Várzea Grande, Barão de Melgaço e Chapada dos Guimarães.

O prefeito precisa tomar medidas duras, assim como os vereadores. Ambulantes que hoje invadem as calçadas da área central precisam ser retirados. A área que hoje abriga feirantes, próximo ao estádio Verdão e em frente ao Corpo de Bombeiros, terá de ser desocupada. Na região, a prefeitura deve construir um hospital para atendimento de emergência. Muitas leis e regras contidas no Plano Diretor precisam ser modificadas. Nesse caso, o Palácio Alencastro deve agir junto à Câmara. Da mesma forma, o Palácio Paiaguás precisa atuar junto à Assembleia.

No embalo da Copa, a capital, com mais de 500 mil habitantes e a caminho dos 300 anos de fundação, tende a mudar de cara, com altos investimentos, mas também receberá maior número de habitantes, na esperança de empregos e de dias melhores. Esse êxito pode piorar as estatísticas de IDH. Serviços essenciais, como transporte coletivo, sinalização, dentro de uma nova engenharia do trânsito, saúde pública e coleta de lixo, precisam melhorar substancialmente.

O prefeito várzea-grandense Murilo Domingos também está com "pepino" nas mãos. Em que pese se tratar de recursos da União para ampliação das obras do aeroporto internacional Marechal Rondon, o município precisa apresentar contrapartida e executar uma série de obras na área de infraestrutura, com vistas aos preparativos à Copa, daqui a cinco anos. O empresariado também são instigados a correr contra o tempo para melhorar a capacidade da rede hoteleira, enquanto os gestores devem resolver problemas que vêm sendo empurrados com a barriga para haver a chamada mobilidade urbana. Desse modo, não basta comemorar e posar para a fotografia, como estão fazendo muitos políticos. Há uma missão árdua pela frente para o cumprimento de metas e que exige a participação de todos direta ou indiretamente.





Fonte: RD News

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