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Politica Brasil
Quarta - 03 de Junho de 2009 às 03:14
Por: Rafael Costa

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Indicação de magistrada do Estado contou com o apoio do Itamaraty para concorrer a função na Organização das Nações Unidas

A juíza Gabriela Carina Knaul de Albuquerque Silva, 36, da Justiça mato-grossense, está concorrendo ao cargo de relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a independência do poder Judiciário, com apoio do Itamaraty. A presidência do Conselho de Direitos Humanos da ONU já indicou a magistrada mato-grossense para assumir o posto.

A pré-seleção foi feita pessoalmente pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos, o nigeriano Martin Ihoeghian Uhomoibhi. Ela concorre ainda com uma representante espanhola e outro cubano.

A oportunidade de disputar um cargo na entidade defensora da relação diplomática e da preservação dos direitos humanos entre os países surgiu há mais de um ano, quando a ONU abriu a vaga para “special-rapporteur”. As inscrições foram encerradas em abril deste ano e exigia notório saber jurídico de Direitos Humanos, ampla formação educacional e domínio de língua estrangeira.

“É um trabalho gratificante que tem o grande desafio de desenvolver o fortalecimento do Judiciário, o que implica em tratá-lo como instituição e torná-lo mais resistente a intervenções de diferentes naturezas”, afirmou Gabriela Albuquerque ontem à noite.

O título de relator especial é dado a pessoas que trabalham em nome de várias regionais e organizações internacionais que detêm mandatos específicos para investigar, acompanhar e recomendar soluções específicas aos problemas dos direitos humanos no panorama mundial.

O reconhecimento a respeito de seu saber jurídico e a possibilidade de contribuir com projetos em nível mundial deixa a juíza empolgada. “Sinto-me satisfeita porque é um trabalho gratificante e sei também que pessoas de todo o mundo se inscreveram. Só o fato de entrar na disputa me deixa muito feliz”, afirma.

Graduada em Direito pela Universidade de Cuiabá (Unic) e pós-graduada em Direito Público pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Gabriela Albuquerque é natural de Florianópolis e reside em Mato Grosso desde a infância.

A carreira jurídica também é marcada pela experiência de juíza titular em Sinop (500 quilômetros ao Norte de Cuiabá), que durou quatro anos (2004-2008). Antes, ela chegou a atuar em Rondonópolis. Atualmente estuda MBA em gestão do Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ).

Por indicação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Gabriela Albuquerque estava recentemente no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) auxiliando na coordenação do desenvolvimento do planejamento estratégico que servirá de base para modernizar o Judiciário de todo o país. Mendes é natural de Diamantino (208 quilômetros a Médio Norte de Cuiabá) e também preside o CNJ.





Fonte: Especial para o Diário de Cuiabá

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