MT registra maior área devastada, aponta Inpe
Amazônia perdeu pelo menos 197 km² de florestas nos meses de fevereiro, março e abril - área equivalente a cinco vezes o Parque nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e podem estar subestimados, já que a medição foi prejudicada pelas nuvens, que cobriram cerca de 80% da região durante os três meses. Também por isso, o instituto afirma que não é possível comparar a leitura com os registros do mesmo período do ano anterior.
No trimestre, o Estado onde foram encontradas mais áreas desmatadas foi Mato Grosso, que teve 112 km² de florestas derrubadas. Em segundo lugar está o Pará, com 51 km², seguido por Roraima, com 21 km².
Mato Grosso e Roraima, contudo, foram os estados menos cobertos por nuvens durante os meses de observação.
A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m².
Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas - que sofreram o chamado ‘corte raso' - quanto os locais em que houve degradação parcial.
Em breve, os focos de desmatamento detectados pelo Inpe poderão ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.
Alerta
O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja destruída.
Normalmente, a divulgação dos números Deter é mensal, mas por causa do aumento das nuvens, o Inpe preferiu agrupar os dados do trimestre no mesmo levantamento.
O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição. Os dados desses sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.
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