Não adianta chororô, diz Maggi em recado a Puccineli
“Não adianta chororô”, disse o governador Blairo Maggi, nesta segunda (1º), ao ser questionado sobre as críticas feitas pelo governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que irritado com a escolha de Cuiabá como uma das 12 subsedes da Copa de 2014, disse que a capital mato-grossense venceu no “tapetão”. “Eles (campograndesses) serão bem-vindos nos jogos em Cuiabá”, ironizou Maggi, que não escondeu o sorriso de satisfação em derrotar o vizinho, que é um histórico rival desde a separação dos Estados.
Maggi negou que houve interferência política, como vem sendo divulgado por alguns veículos de comunicação de circulação nacional. “Se fosse por pressões políticas, acho que eles (de Campo Grande) teriam mais chances que nós. Lá, também existem senadores do PT”, enfatizou. A Fifa tem critérios técnicos e muitas vezes mandaram gente aqui sem que soubéssemos. Se você não tem seriedade e objetivo, cai em contradição e não leva. Nós tivemos foco e organização, por isso saímos vitoriosos”, avaliou o republicano.
De olho nas eleições de 2010 e 2014 e preocupado com a “politicagem” em torno do evento, o governador anunciou a criação de um conselho, agência e/ou fundação que gerenciará todo o planejamento. “Não quero que a Copa seja utilizada para campanhas. Vamos ter membros com mandatos eletivos para organizar a Copa, uma espécie de Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado). Dessa forma, quem assumir não poderá disputar as próximas duas eleições que ocorrerão durante o período”. O governador frisou que acha conveniente sacrificar projetos políticos pessoais “em prol de um bem maior”.
Maggi explica ainda que nesta semana serão realizadas reuniões para definir os “rumos” dos mais de 30 projetos apresentados à Fifa. “Tudo é prioridade. Agora precisamos acelerar as conversas. Fomos escolhidos, mas precisamos por em prática tudo que planejamos”, analisa.
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