Amazônia vai sendo desmatada aos poucos
O volume da destruição na maior e mais rica floresta do mundo pode estar subestimado porque durante a medição dos desmates a Amazônia estava com 65% de cobertura de nuvens, o que impede a análise completa por parte dos satélites. Ou seja, a devastação florestal não pode ser medida com exatidão.
Os desmates detectados pelo Imazon no bimestre março-abril de 2009, segundo o instituto, representam redução de 35% em relação à destruição florestal medida no mesmo período do ano passado. Na relação separada dos dois meses, houve redução de 50% no mês de março deste ano e diminuição de 22% no mês de abril também de 2009.
O Imazon também calculou que o desmatamento acumulado de agosto de 2008 a abril de 2009 totalizou 927 quilômetros quadrados, o que significa 76% de redução se comparados aos 3.849 quilômetros quadrados de floresta devastados entre agosto de 2007 a abril de 2008.
Pelos dados levantados pelo Imazon, em março de 2009, o desmatamento foi maior em Mato Grosso (39%) e Roraima (34%), seguido de Rondônia (13%), Acre (7%), Amazonas (6%) e Pará (1%). Em abril, 45% do desmatamento ocorreu em Mato Grosso, seguido do Pará (32%) e Roraima (14%). Os 9% restantes foram no Amazonas, Rondônia e Acre.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) também registrou, desde setembro de 2008, a degradação florestal oriunda de áreas que sofreram intensa exploração madeireira ou que sofreram incêndios. Pelos dados do SAD, as florestas degradadas alcançaram em março e abril de 2009, respectivamente, 14 e 300 quilômetros quadrados.
Em março e abril deste ano, de acordo com o Imazon, a cobertura de nuvens na Amazônia Legal continuou acentuada, correspondendo a 65% da região, o que pode ter subestimado os dados de desmatamento nesse período. Além disso, o Maranhão, o nono estado que compõe a Amazônia Legal, não teve seu desmatamento medido pelo Imazon.
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