PSC confirma articulação de Pagot para fortalecer legenda
O presidente regional do Partido Social Cristão (PSC), José Magalhães, confirmou, nesta terça-feira (26), que o assédio ao secretário extraordinário de Assuntos Estratégicos do Estado, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (DEM), para se filiar ao PSC partiu de articulação do diretor geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, direto com a diretoria nacional da legenda.
A intenção de Pagot seria fortalecer o candidato ao governo apoiado pelo grupo do governador Blairo Maggi (PR). Informações de bastidores dão conta que esse candidato seria o procurador da República Pedro Taques e que Cidinho estaria sendo cooptado para se filiar ao PSC, partido ao qual Taques se filiaria para disputar o governo com o apoio do governador.
“O Pagot consultou a possibilidade de uma adesão de um grupo de lideranças de Mato Grosso, dentre eles, o Cidinho, que tem interesse de se filiar ao PSC objetivando um projeto maior, um projeto de governo para 2010. E será bem vindo. A visita foi feita e aceitamos a idéia. Eu, aqui em Mato Grosso, ainda não fui procurado”, afirmou.
Magalhães disse que outras pessoas foram convidadas para se filiar ao PSC. “Da nossa parte, nós aqui em Mato Grosso, temos um projeto de ampliação do partido e de busca de novas lideranças. Então nós estamos fazendo isso permanentemente. Estamos convidando várias lideranças que tem potencial e projetos. Uma dezena deles”, revelou.
Contudo, Magalhães não quis citar nomes, mas adiantou que dentre 15 lideranças convidadas para se filiarem ao PSC, cinco ou seis formarão uma chapa de candidatos à deputado estadual. “Para não haver nenhum constrangimento e nenhuma troca de informação eu prefiro manter em sigilo a relação das pessoas que convidamos. Ainda estamos aguardando a resposta de boa parte delas”, disse.
Magalhães afirmou que não tem procurado apenas lideranças do partido Democratas, mas também do PMDB e PP.
Questionado se a articulação de Pagot para filiar novas lideranças ao PSC seria uma estratégia para fortalecer a candidatura do procurador da República, o presidente do PSC não confirmou, no entanto, não descartou a possibilidade. “Não sei. Uma candidatura majoritária precisa ter uma sustentação muito sólida. Todas as pessoas que vão concorrer à majoritária precisa de uma sustentação partidária e de grupo. Talvez uma das variáveis seja essa”, assegurou.
Segundo o presidente regional do PSC, até agora o procurador da República Pedro Taques ainda não se filiou ao partido. Segundo ele, o convite foi feito no ano passado, mas o procurador não deu resposta. Apesar disso, o partido pretende reforçar o convite.
Magalhães não confirmou que o partido deve lançar Pedro Taques ao Governo do Estado, caso venha a se filiar ao partido. “Aí é uma discussão de composição. Primeiro ele tem que entrar no partido, discutir. Hoje existe uma composição de grupo”, afirmou.
Num primeiro momento Magalhães negou que o PSC faça parte da base de sustentação do Governo Maggi. Mas no final admitiu a parceria. “O partido não esteve com Blairo Maggi em 2006, nós lançamos Bento Porto. Na eleição passada, de prefeito, nós estivemos com o PR no município de Cuiabá. Com isso, nós consideramos que estamos junto com o governo agora, pelo menos em tese”, admitiu.
Magalhães falou da relação de proximidade entre Pagot e o presidente político nacional do PSC, pastor Everaldo Pereira. “Nós temos uma bancada muito boa em Brasília. São 11 deputados federais e um senador. Então é uma bancada influente, que faz parte da sustentação do Governo Lula. E como Pagot exerce cargo de confiança do Governo Lula eu creio que eles estão bastante afinados por estarem no mesmo grupo”, assegurou.
Candidatos
O partido pretende lançar pelo menos cinco ou seis candidatos a deputado estadual. Magalhães se recusou a passar os nomes dos pré-candidatos. “Ainda estamos articulando e não temos autorização dessas pessoas para colocar o nome delas em evidência. Então eu gostaria de, por um a questão de ética, manter o nome dessas pessoas em sigilo”, afirmou.
Magalhães não descartou a possibilidade de se lançar candidato. “Já fui vereador, deputado estadual. Se o meu nome for cogitado e eu puder contribuir eu estou pronto para coloca-lo à disposição. Inclusive eu estou trabalhando para organizar o partido”, garantiu.
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