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Politica Brasil
Terça - 26 de Maio de 2009 às 07:31
Por: Romilson Dourado

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Num trâmite tão célere que causa inveja àqueles que estão na fila do INSS para se aposentar ou aguardando efetivação em cargo após ser aprovado em concurso público, o processo que transforma Campos Neto no mais novo conselheiro de Tribunal de Contas do país não demorou uma semana. Após sua indicação, sabatina e aprovação pela Assembleia, o governador Blairo Maggi o nomeou ao posto vitalício. Agora com o ato de nomeação 11.256, de 2009, com data desta segunda (25), o ex-deputado pode se apresentar ao Pleno do TCE para ocupar a cadeira. Ele fará isso já nesta terça.

A indicação de Campos Neto para o Tribunal de Contas do Estado ganhou repercussão nacional porque, aos 35 anos, passa a ocupar o lugar do pai, o ex-deputado Ary Leite de Campos, que se aposentou na semana passada. Ele integrava o Pleno desde maio de 1986.

Na segunda (18), Ary protocolou pedido de aposentadoria. No dia seguinte já estava aposentado. Enquanto isso, Neto tinha seu nome indicado pela Mesa Diretora da Assembleia na reunião do Colégio de Líderes na quarta (20) e, no mesmo dia, foi sabatinado e teve o nome aprovado em plenário por 19 votos e apenas um contrário, o do ex-prefeito de Cuiabá e deputado Roberto França (sem partido), que tentou manobra de última hora para ser indicado, mas não obteve respaldo dos colegas parlamentares. O trâmite dos processos de aposentadoria de Ary e a nomeação de Neto foi tão rápido, assim como aconteceu com as chegadas no TCE de Humberto Bosaipo e de Waldir Teis nos lugares, respectivamente, de Ubiratan Spinelli e Júlio Campos.

Com a missão de exercer o controle externo das contas públicas de prefeituras, câmaras municipais, do governo estadual e suas secretarias, órgãos e autarquias, Campos Neto deixa de receber próximo de R$ 15 mil como deputado, além de outros privilégios, entre eles verba indenizatória, para continuar com outras regalias e mais dinheiro no bolso. Seu subsídio agora sobe para R$ 22,1 mil, mas, no geral, supera a R$ 60 mil. Ele receberá mensalmente mais R$ 15 mil da chamada verba indenizatória e tem direito a auxílios moradia e saúde, com reembolso de despesas médicas-odontológicas, automóvel oficial com motorista particular 24 horas por dia, passagem áerea e despesas variadas, como com ligações telefônicas, e indicação de quase 30 assessores. Até se aposentar compulsoriamente, aos 70 anos, Campos Neto terá permanecido nada menos que 35 anos como membro do Pleno do TCE. Vai ocupar a cadeira até 2.044.





Fonte: RD News

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