Cidinho confirma assédio de Pagot para deixar o DEM

O secretário extraordinário de assuntos estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (DEM), acaba de confirmar ao PnB online que o diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, articulou para que ele deixasse o DEM e se filiasse a outro partido, a fim de formar uma frente para fortalecer o candidato de Blairo Maggi ao governo do Estado nas eleições de 2010. Informações de bastidores dão conta de que Luiz Pagot tenta levar lideranças do DEM e de outros partidos para o PSC, para lançar possível candidatura do procurador da República Pedro Taques ao governo, com o apoio de Blairo Maggi.

Cidinho não citou nomes de legendas, mas disse que pensou melhor e que chegou à conclusão de que não deve deixar o DEM. De acordo com Cidinho, na condição de secretário do governador Blairo Maggi, ele “ficaria em uma situação delicada”, se deixasse seu partido neste momento.

Presidente do DEM diz que convite não é assédio

Questionado se o assédio do grupo do governador Blairo Maggi às lideranças do DEM pode levar o Democratas a deixar a base de sustentação do governo, o presidente regional da legenda, Oscar Soares, respondeu com outra pergunta. “E ele aceitou?”.

Em seguida, o presidente do DEM se esquivou de tocar no assunto. “Todos os nossos companheiros estão no partido por convicção, por amor, por união. Pela certeza de que nosso partido tem projetos para o Brasil e para MT. Eu não creio em assédio”.

Quando o PnB online insistiu na pergunta, reforçando que o próprio Cidinho confirmou o assédio, Oscar Soares minimizou a investida do grupo do governador para esvaziar o DEM, ao tentar explicar a diferença entre assédio e convite informal.

“Deve ter sido uma consulta, uma conversa informal, né? Deve ser uma conversa informal. Não é assédio. Não vejo nenhuma relação entre uma coisa e outra. Não vejo nenhuma relação entre um convite feito a um líder nosso que nos possa relacionar com o governo Blairo Maggi. Pelo contrário”.

O presidente do DEM ressaltou ainda que o partido tem projeto próprio para a eleição de 2010, mas disse que a candidatura do senador Jayme Campos ainda terá que passar pelo crivo dos filiados. Ele está enviando cartas para os 53 mil filiados ao DEM para consultá-los sobre a candidatura do senador ao governo em 2010. “Nós estamos nesse processo de ouvir as bases. Estou enviando correspondência para nossos líderes, 53 mil filiados, procurando saber qual a opinião de cada um para definir nosso projeto”.