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Politica Brasil
Sexta - 22 de Maio de 2009 às 08:48

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O senador Jayme Campos criou, durante os três mandatos como prefeito de Várzea Grande, sendo dois consecutivos, um quadro de ao menos 12 servidores efetivos que são verdadeiros marajás. No rastro do cacique do DEM (ex-PFL), eles acumulam quase duas décadas de serviço público e foram deslocados para cargos de primeiro e segundo escalões por muitos anos. Isso contribuiu para que viessem a acumular direitos e privilégios, como férias e licenças-prêmio. O abacaxi do desfalque de equipe acabou sobrando para o prefeito Murilo Domingos (PR), à frente do segundo maior município mato-grossense e detentor de um orçamento de R$ 306,6 milhões para este ano. Muitos acumulam outras funções na iniciativa privada.

Juarez Toledo Pizza, por exemplo, foi secretário de Fazenda da gestão Jayme. Ele é efetivo como procurador do município. Tem um salário mensal de R$ 12,3 mil, superior ao de secretário. O homem que cuidava do caixa da administração Jayme postergou ao máximo o usufruto de seus direitos enquanto servidor de carreira. Deixou para fazer isso com a entrada na prefeitura do opositor político Murilo. Para se ter ideia, Juarez tirou férias por quatro meses consecutivos e já ingressou com pedido de 3 meses de licença-prêmio. Conclusão: só vai voltar a trabalhar em julho.

O inspetor de tributos Álvaro Roberto Rocha passou todo o mandato de Jayme sem férias. Com isso, usufrui hoje do gozo de 3 férias e mais licença-prêmio. O médico Arilson Arruda atuou como secretário de Saúde do ex-prefeito por praticamente 8 anos. Um dos diretores do hospital privado Jardim Cuiabá, ele saiu de licença em janeiro deste ano da função de servidor da Saúde de Várzea Grande e nem pretende retornar em setembro, 9 meses depois, porque ainda acumula o direito de usufruir de 2 licenças-prêmio.

O procurador Carlino de Campos Neto acaba de retornar de férias e, de imediato, assumiu a presidência do sindicato dos servidores do município. Com isso, ficará mais dois anos sem trabalhar. O também procurador Cesarino Delfino passou a exercer mandato classista junto ao sindicato e, assim, se afasta do quadro ativo da Procuradoria-Geral do Município. O ex-vereador e ex-secretário da gestão Jayme, Clovis Gonçalves de Campos, é outro marajá. Tirou 2 meses de férias e agora vai "curtir" mais 3 meses de lincença-prêmio. Só voltará em julho.

Ex-secretária Edwiges, por exemplo, entrou de licença-prêmio e só volta a trabalhar em dezembro, assim como Iram, que receberá sem pisar os pés na prefeitura até setembro

O ex-presidente da Câmara Municipal e vereador Edil Moreira, que não se reelegeu, mas voltou a ocupar cadeira no Legislativo com o licenciamento de Chico Curvo, não atua como inspetor de tributos do município há vários anos. A lei garante a ele o direito de, mesmo na Câmara, receber como servidor do Executivo. A ex-secretária do governo Jayme, Edwiges Miriam de Barros, esteve de férias do cargo de técnica da pasta da Administração até março e, de imediato, entrou de licença-prêmio. Só volta em dezembro. Iran Fernandes é outro técnico que curte férias até 2 de junho. Depois, vai emendar com mais 3 meses de licença-prêmio. Assim, só volta a trabalhar em setembro.

Ivete de Campos Siqueira, do quadro efetivo da secretaria de Administração e familiar do ex-prefeito Jayme, é outra privilegiada. Está de licença-prêmio até julho. A procuradora Jussara de Vita Lima não está na pasta de origem, a Administração. Foi deslocada para a diretoria-administrativa da Previvag. O engenheiro Luiz Celso, ex-secretário municipal, agora atua em Brasília. Ele foi requisitado pelo senador Jayme Campos para trabalhar no gabinete e optou por continuar recebendo pela Prefeitura. O advogado Ricardo Siqueira, que integra o quadro de procuradores, presidia entidade sindical até março. Assim que voltou à ativa como servidor, pediu 3 meses de férias. E assim, segue a máquina pública de Várzea Grande.





Fonte: RD News

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