Atentados matam pelo menos 23 no Iraque
Ao menos 23 pessoas morreram em uma série de atentados nesta quinta-feira em Bagdá e Kirkuk, no Iraque.
No distrito de Dora, zona sul de Bagdá, um homem-bomba matou 12 pessoas em um mercado. Segundo a polícia iraquiana, entre os mortos estariam três soldados americanos, mas o Exército dos Estados Unidos não confirmou a informação.
No ano passado, Dora era considerado um dos distritos mais perigosos da capital.
Uma outra bomba na delegacia do distrito de Al-Mamoun, no oeste da capital iraquiana, matou três policiais e feriu 19 pessoas, incluindo oito civis. A polícia disse que o artefato explosivo estava dentro de um depósito de lixo.
Em Kirkuk, um ataque contra uma milícia sunita aliada às tropas americanas matou oito pessoas. Um homem vestido com o uniforme da milícia entrou em uma fila para receber o pagamento de salários e detonou explosivos.
Fatos isolados
Os ataques aconteceram um dia depois de um atentado com um carro-bomba matar 40 pessoas no noroeste de Bagdá.
Representantes dos governos do Iraque e dos Estados Unidos afirmaram que os atentados recentes são "fatos isolados" que não prejudicam os esforços das tropas, que conseguiram reduzir a violência sectária no país. Eles afirmam que os atentados que aconteceram nos últimos dias são menos sofisticados do que os que vinham ocorrendo no país.
Abril foi o mês mais violento no Iraque este ano, com aumento de 40% no número de pessoas mortas em relação à março.
A correspondente da BBC em Bagdá Natalia Antelava afirma que muitas pessoas na capital sentem que a situação está se deteriorando e que poderia piorar ainda mais a partir de junho, quando as tropas americanas começarem a deixar algumas das principais cidades do Iraque.
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