Câmara de Cuiabá enterra 3 pedidos de investigação contra Lutero
Por um placar de 8 a 7, a Câmara Municipal de Cuiabá mandou para o arquivamento, numa só sessão, três pedidos de investigação contra o ex-presidente do Legislativo cuiabano Lutero Ponce (PMDB), acusado por provocar um rombo superior a R$ 3 milhões somente no exercício de 2007. O vereador Ivan Evangelista (PPS) preferiu se abster. Em votação tensa, na sessão ordinária desta quinta (21), Lutero conseguiu se livrar de novo e, por enquanto, não corre de cassação do mandato. Em poder de documentos que poderiam comprometer alguns de seus colegas vereadores, Lutero conseguiu se livrar da cassação com o apoio de três dos quatro vereadores da bancada do PSDB. O único que não seguiu orientação do partido e votou pela abertura de processo foi Roosevilt Coelho, que substitui o titular Edivá Alves, secretário municipal de Trânsito e Trasnporte Urbano (SMTU).
Votaram contra os pedidos de investigação propostos pela Ong Moral, pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e pela OAB-MT, os seguintes parlamentares: Lueci Ramos, Paulo Borges e Antonio Fernandes (os três do PSDB), Francisco Vuolo e Chico 2000 (ambos do PR) e Ralf Leite e Néviton Fagundes (os dois do PRTB), além do peemedebista Lutero. Já os que votaram pela abertura de processos foram os pedetistas Toninho de Souza e Adevair Cabral, o tucano Roosivelt, o peemedebista Domingos Sávio, Eventon Pop (PP), Lúdio Cabral (PT) e o pastor Washington Barbosa (PRB). No caso de Lúdio, ele se viu "encurralado" pela presidência do diretório do PT da Capital. Por isso, decidiu seguir orientação partidária, já que, em princípio, seu voto seria pela absolvição de Lutero.
Dos 19 vereadores, o presidente Deucimar Silva (PP) não votou. Ele só poderia exercer o direito de voto se tivesse havido empate. Não estiveram presentes à sessão Leve Levi (PP) e Júlio Pinheiro (PTB). Os arquivamentos deixaram revoltadas várias pessoas que acompanhavam a sessão.
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