Governo quer os dois principais cargos da CPI da Petrobras
O governo pretende ficar com os dois principais cargos da CPI da Petrobras: o de presidente e o de relator.
A oposição quer indicar os nomes que vão participar da CPI para investigar supostas irregularidades na Petrobras ainda esta semana. Democratas e PSDB se reúnem nesta terça-feira (19).
“A CPI é irreversível. A estratégia da oposição é dar resposta à sociedade. A Petrobras não pode ser uma caixa-preta. A Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro.", diz o líder do DEM, Agripino Maia.
A movimentação no Senado é acompanhada de perto pelo PT. “Não tem sentido o Brasil colocar no banco dos réus sua maior empresa. É um erro político. Como temos uma CPI a ser instalada, vamos lutar para que não seja um palco eleitoral", afirmou o líder do PT, Aloízio Mercadante.
Palco que muita gente do governo pensa em ampliar. Na Câmara, tem petista querendo fazer uma CPI só entre os deputados, onde o governo tem mais apoio. Mas o próprio líder do partido deu um jeito de descartar.
“CPI é coisa séria. Não é para fazer água, para ‘eles querem uma CPI, e eu vou fazer uma CPI aqui para me vingar’. Esse método está errado", pontua do deputado do PT Cândido Vaccarezza.
Se depender dos números, o governo está tranquilo. Vai ficar com oito das 11 vagas da CPI. A oposição só tem direito a três. Mas para aumentar essa margem de segurança, uma tradição no Congresso deve ser deixada de lado: a de dividir presidência e relatoria entre governo e oposição. A base governista quer ficar com as duas.
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