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Politica Brasil
Segunda - 18 de Maio de 2009 às 17:02
Por: Sandra Costa e Patrícia Sanche

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A senadora Serys Marly (PT), que já colocou o seu nome à disposição do partido como pré-candidata à reeleição, preferiu não comentar divergências com o DEM do seu colega senador Jayme Campos, pré-candidato a governador. Mesmo em campos opostos em nível nacional, petistas e democratas compõem hoje a base de apoio do governo Blairo Maggi (PR). Jayme disse que o governador tem ignorado o DEM (ex-PFL), que o ajudou na eleição nos dois pleitos (em 2002 e 2006) e, por outro lado, resolveu abrir espaço na administração ao PT, que foi adversário nas duas disputas.

Serys preferiu não reagiu com a contundência daquela época em que era deputada estadual e disparava a metralhadora verbal com facilidade. "Não posso fazer nenhuma análise a respeito desse assunto. As duas siglas são da base aliada do governo e ainda não tive tempo para avaliar", esquivou-se a parlamentar, ao final da reunião com o governador nesta segunda (18), que discutiu a instalação da Embrapa em Mato Grosso.

Sobre as eleições de 2010, a petista reafirmou mais uma vez que pretende disputar novamente uma vaga no Senado. "O meu trabalho me credencia a isso, mas precisamos aguardar a decisão do diretório", afirma. Serys voltou a negar a existência de um racha dentro do partido devido a pré-candidatura do deputado federal Carlos Abicalil à senatória. O presidente do PT em Mato Grosso já se articula para tentar vencer Serys nas prévias. "Dentro do PT existem correntes, isso é verdade, mas nunca brigamos. Isso tudo será decidido pelo diretório", comenta Serys. Apesar disso, nos bastidores a informação é de que os grupos de cada um dos dois parlamentares já estão em pé de guerra pela vaga do partido ao Senado.

CPI da Petrobrás

Serys evitou também polemizar sobre a decisão dos senadores democratas Jayme e Gilberto Goellner de apoiarem a criação da CPI da Petrobrás. Eles foram fundamentais para a abertura da investigação. Ela creditou a ação somente aos tucanos, alegando que tudo que é "politicagem" do PSDB. "Essa CPI está cheirando manobra politiqueira", dispara. Segundo a petista, a Petrobrás tem mais de 700 mil acionistas com capital aberto e emite relatórios trimestrais, o que aumenta a transparência nas transações do empresa. Argumenta ainda que o presidente Lula viajou nesta segunda ao exterior para conseguir R$ 10 bilhões de recursos com vistas à construção de uma refinaria em Pernambuco. "E em função desta CPI, corremos o risco de perder estes recursos. O Brasil vem reagindo bem à crise econômica, mas esse tipo de atitude faz com que percamos investimentos que geram renda", lamenta.





Fonte: RD News

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