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Agronegócios
Domingo - 30 de Junho de 2013 às 10:45

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Essa viabilidade foi um pouco ofuscada nos últimos anos porque os leilões do governo na área de energia não foram favoráveis à biomassa.


 
Mas a possibilidade de produção comercial de álcool de segunda geração deve dar novo impulso ao setor.


 
Uma parceira entre o CTC e a New Holland, empresa produtora de máquinas e equipamentos agrícolas, está tornando esse recolhimento viável economicamente, segundo Marcelo Pierossi, especialista em tecnologia agroindustrial do CTC.


 
A palha serve de matéria-prima tanto para a produção do álcool de segunda geração como para, feitos alguns ajustes, alimentar as caldeiras.


 
Projeto do CTC busca conhecer toda a cadeia de produção, definindo desde quanta palha pode ser retirada do campo à utilização final dessa matéria-prima.


 
Os primeiros estudos mostram que a retirada da palha depende do solo e do clima. A retirada em excesso dessa palha poderá prejudicar o solo. A não retirada poderá aumentar as doenças nas lavouras e até trazer prejuízos à brotação da cana.


 
Um segundo ponto importante na avaliação do especialista é como tirar essa palha do campo e, finalmente, como colocá-la nas usinas.


 
A New Holland aposta nesse setor, em vista do potencial econômico da palha de cana. A partir do próximo ano a empresa deverá produzir, na Bélgica, enfardadoras adaptadas para as condições do Brasil, segundo Samir Fagundes, especialista em cana e biomassa da empresa.


 
A demanda dessas máquinas no país vai definir investimentos da empresa na produção interna.


 
Essas enfardadoras compactam a palha em fardos de 450 quilos, viabilizando o transporte dessa matéria-prima às usinas.


 
Fagundes diz que a viabilidade econômica da palha é importante devido à grande área utilizada com cana no país. São 8,9 milhões de hectares, segundo a Conab. Pierossi diz que a palha de cada hectare utilizado com cana pode gerar energia para um mês de consumo em 20 casas.


 
Encontro Uma das discussões ontem no seminário sobre o setor sucroenergético foi por que ainda investir, apesar dos problemas vividos pelo setor. O evento foi realizado em São Paulo pela Unica.


 
Matriz limpa Na avaliação dos participantes, um dos pontos positivos desses investimentos é a busca de uma matriz energética mais limpa.


 
Mudanças A continuidade desses investimentos necessita, no entanto, de algumas definições urgentes no setor.


 
Pressão Os produtos agrícolas mudaram de tendência e voltaram a pressionar a inflação interna. Os dados de ontem do IGP-M referentes a este mês indicam alta de 1,01%, após queda de 0,77% em maio.


 
Altas As principais pressões registradas pela FGV vieram de soja em grãos (mais 11,4%) e do farelo de soja (18,3%). O feijão também esteve presente na lista das pressões (2,6%).





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