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Economia
Quinta - 14 de Maio de 2009 às 15:58
Por: Ygor Salles

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A indústria paulista deve interromper a série de quedas no índice de emprego a partir de maio, ou ao menos ter uma queda "residual", disse nesta quinta-feira o diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Francini.

Apesar da criação de 19 mil empregos em abril, o índice de emprego da indústria paulista com ajuste sazonal teve no mês passado a sua sétima queda seguida ao ficar em -1,09%. Mas o ritmo dessas quedas já se amenizou ante a pior fase da crise, no último trimestre do ano passado e os dois primeiros meses de 2009.

"No mês passado já tínhamos visto uma atenuação da perda [de vagas]. Abril nos deu a mesma impressão", disse Francini. "A força maior já passou, e agora se tiver mais alguma baixa será residual. Pode até cair de novo em maio, embora acreditemos em uma estabilidade."

Dois números divulgados hoje motivam o otimismo da Fiesp. A primeira é a redução do ritmo das perdas de emprego sem contar o setor de açúcar e álcool --que nos últimos dois meses sustentou o aumento de vagas da indústria paulista-- e a segunda é a melhoria constante do Sensor Fiesp (indicador de perspectivas futuras da indústria paulista).

Descontadas as contratações das usinas de cana, o índice de emprego teria apresentado baixas de 1,2% em janeiro, 1,9% em fevereiro, 0,9% em março e 0,4% em abril. "Não me surpreenderia se em maio esse dado viesse estável", disse Francini.

Já o Sensor Fiesp da primeira quinzena de maio ficou em 53,2 pontos, se descolando definitivamente do cenário pessimista visto desde o agravamento da crise financeira global, no final do ano passado. Francini deu destaque ao indicador de Vendas, que passou dos 60 pontos pela primeira vez desde março de 2007, e do de Estoque, que é o mais fraco do Sensor (44 pontos) mas já se aproxima dos 50 pontos --que indica estabilidade.

"Este número mostra que os estoques estão sendo absorvidos, resultando em um ajuste entre a produção e a demanda", disse Francini. "Com isso, em breve a produção deve se alinhar com as vendas e a produção voltará a crescer, estabilizando o emprego."





Fonte: Folha Online

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