Simon vê falta de boas intenções na reforma política
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou ontem, em entrevista à TV Estadão, que os comandos partidários não estão "bem-intencionados" para a reforma política. "Nenhum partido", ressaltou.
Segundo Simon, "não há sinceridade" entre as legendas para adotar medidas como financiamento público de campanha. Como exemplo, criticou a distribuição da verba do fundo partidário às vésperas das eleições. "Eles pegam o dinheiro e distribuem para quem querem", anotou o senador.
Para uma reforma ideal, Simon defendeu voto distrital, financiamento público e enxugamento do sistema partidário. "Só faltam condições para que não existam 40 partidos políticos, mas quatro, cinco ou seis."
Sobre a situação no Congresso, após sucessivos escândalos, Simon avalia que as Casas chegaram "em um fim de linha". "Nós congressistas temos de sentar à mesa e adotar normas para daqui por diante", sublinhou.
ALIANÇAS
O senador mostrou-se contrário ao comportamento adotado por seu partido, o PMDB, que discute alianças com PT e PSDB para as eleições do ano que vem. Para Simon, os peemedebistas deveriam pensar na história da legenda e adotar um candidato próprio para a Presidência da República.
Entre os quadros do partido, o senador gaúcho apontou os nomes do ministro da Defesa, Nelson Jobim, do governador do Paraná, Roberto Requião, do governador do Rio, Sérgio Cabral e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Comentários