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Politica Brasil
Terça - 12 de Maio de 2009 às 01:20
Por: Gilmar Gonçalves

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Vivemos submergidos numa historia recente de polemicas que envolvem os preceitos das administrações publica, por parte principalmente dos governos municipais, que nos conduzem a uma profunda reflexão acerca do papel das minorias num regime democrático.

“O governo do povo”, como é historicamente consagrado à expressão democracia, é presumidamente o respeito à voz e a vontade da maioria, que elege seus representantes para governar para todos, onde a minorias que fazem oposição atua como regulador das ações dos governos, buscando a supressão de abusos e garantindo a justa aplicabilidade dos recursos públicos em beneficio ao atendimento das prioridades coletivas.

Ainda que a maioria dos governantes de cidades tenha uma maioria de partidários – as chamadas bases aliada – a prudência recomenda que os projetos sejam discutidos juntamente com a opinião da oposição e das minorias, afim de que se construam leis que sistematicamente venham ao encontro das necessidades de toda a sociedade. E para que isso aconteça à oposição fará garantir através de institutos regimentais para que a vontade das minorias seja respeitada.

A democracia embora constituída como melhor sistema de governo, ainda padece de muitas defecções, e em dias atuais são encontradas como raríssimas exceções, parlamentos que não constituem num quadro de formação de legisladores competentes, mas simplesmente figuras emblemáticas que fazem do exercício da representação popular um ato continuo do exercício de uma profissão.

Como a essência da democracia é baseada na efetivação da vontade popular da maioria, requisitos como experiência, capacidade, competência, conhecimento e outros atributos pertinentes ficam em segundo plano, dando lugar muitas vezes a concessão à demagogia, ao autoritarismo, ao fisiologismo, ao corporativismo e a corrupção que se proliferam dentro dos sistemas como cupins que roem as bases de uma democracia verdadeira e dos regimes de bom governo.

Penso eu, que os nossos representantes devem ser avaliados pelo desempenho das atividades pelas quais o povo lhe conferiu como outorga de representação, e devemos sempre aplaudir a atuação de opositores que alertam os governos para risco eminente deles caírem no buraco, que muita das vezes acaba sendo uma distancia tênue separada apenas pelo egocentrismo do poder de governar sem se importar com que pensam as minorias.

Uma oposição combativa, séria e que esteja movida pelo sentimento da construção de melhorias, não pode ser dada como empecilhos ou entraves dos governos. Uma oposição que faz da sua atuação, mesmo contra uma maioria absoluta em prol da expansão da voz das minorias não pode ser encarada como uma panacéia – remédio que pretensamente acaba com todos os males – mas tem que ser respeitada e ouvida para que a construção dos projetos de cidades sejam erguidos em cima de pilares que vai contemplar os anseios daqueles que verdadeiramente são destinatários dessas ações.

O País, O Estado e a Cidade em que vivemos avançaram muito com os governos democráticos que explodiram da vontade popular e que só lograram êxito em suas administrações, porque deixaram de fazer políticas de grupos e passaram a envolver todos os seguimentos representativos da sociedade, e a isso se somam os esforços da oposição que lutaram para garantir a vez das minorias.

Desta forma creio que passados o período eleitoral, os palanques precisam ser desmontados, e todos sentarem a mesa para juntos discutir políticas governamentais sem impressões personalistas. Feito isso começaremos a enxergar novos horizontes e perspectivas para a construção de novos paradigmas.

Gilmar Gonçalves

eficazconsultoria@hotmail.com





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