Tucanos deixam MT em segundo plano, dispara Maggi
Em tom sereno, o governador Blairo Maggi (PR) rechaçou nesta terça (11), ao chegar à solenidade de lançamento do programa Segurança Cidadã, na Praça das Bandeiras, em Cuiabá, as críticas do senador Jayme Campos (DEM) a sua gestão. Segundo o cacique democrata no Estado, Maggi deixou de lado velhos aliados que o elegeram para prestigiar partidos que nunca o apoiaram, como o PT, contemplado com a segunda pasta com maior orçamento do Executivo, atualmente ocupada pelo secretário Saguás Moraes, afilhado político do deputado federal Carlos Abicalil (PT).
Maggi respondeu que faz parte do governo Lula desde 2002, quando ambos foram eleitos, e que os "laços apenas se estreitaram" na campanha à reeleição em 2006. "Já estávamos juntos com o PT em 2002 e esta relação ficou mais forte em 2006", reiterou. O governador ponderou, por outro lado, que reconhece o esforço de aliados, como o próprio DEM, para elegê-lo e manter nestes sete anos a base de sustentação do governo unida. "Eu tenho um lado nestes dois grupos", reconheceu.
Contudo, Maggi não se curvou às críticas e disse que vai manter a aliança com o PT, pois a legenda prioriza a geração de emprego e renda, enquanto o PSDB, aliado de primeira hora dos democratas em nível nacional com reflexo em Mato Grosso, é um partido elitista. "O governo Lula, por exemplo, é voltado para o cidadão e criação de renda. O PSDB, por outro lado, deixa Mato Grosso em segundo plano e prioriza os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, só foca na elite e deixa a população de lado", disparou.
Perguntado se mantém a disposição de não lançar candidatura ao Senado em 2010, Maggi assegurou que não mudará de idéia. "Nem mesmo um pedido do presidente Lula faria eu voltar atrás. Não há possibilidade alguma de eu me candidatar. Já tomei minha decisão", disse, sem deixar de mencionar que esta decisão não exclui a hipótese de assumir um ministério ou mesmo ser vice-candidato à presidência da República na chapa possivelmente "encabeçada" pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O governador falou rapidamente sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e disse estar preocupado com o ritmo das execuções. "Estou temeroso porque quero que as obras cheguem ao final. Se não forem concluídas dentro do prazo, vou pedir uma auditoria em todas as obras", ameaçou, sem, no entanto, dizer se a fiscalização seria feita nas obras do PAC Pantanal, em que o governo entrou com uma contrapartida de R$ 15 milhões, ou as executadas pela Prefeitura de Cuiabá.
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