Savi ignora críticas feitas a Maggi para agradar Jayme

O líder do governo na Assembleia, deputado Mauro Savi (PR), evitou polemizar sobre as declarações do senador Jayme Campos (DEM), que criticou a administração Blairo Maggi (PR) por supostamente ter “abandonado” os democratas em detrimento dos petistas que foram opositores nas duas eleições vitoriosas do governador, tanto em 2002 quanto em 2006. Nos dois pleitos, o PT concorreu com candidatura própria, com Alexandre Cesar e Serys Marly, respectivamente, e "bateu duro" em Maggi. Hoje, o partido é governista de carteirinha, com direito a cargos no primeiro escalão.

“Não assisti ao programa e prefiro não comentar as declarações”, desconversou o articulador do Palácio Paiaguás junto ao legislativo, nesta segunda (11), ao ser perguntado sobre os ataques do cacique do DEM. As críticas de Jayme foram feitas durante entrevista neste domingo (10) ao Ponto de Vista, da TV Rondon (Rede TV!).

Com discurso de pré-candidato ao governo, Jayme afirmou que, apesar do DEM (ex-PFL) ter ajudado a conduzir Maggi ao Palácio Paiaguás, o governador não prestigiou o partido. Reclama que acabou dando mais atenção ao PT, que foi adversário nas urnas. Em tom irônico, disse que Maggi deve ter motivos particulares para deixar de lado "velhos aliados". Enquanto isso, abriu a pasta da Educação para o deputado petista Saguás Moraes e outros cargos. “Não sou eu quem nomeio ninguém, por isso prefiro não analisar essas declarações. Acho que o governador é a única pessoa que pode responder a essas perguntas”, despistou Mauro Savi, que se articula na expectativa de concorrer a deputado federal. Perguntado sobre a eventual candidatura de Jayme a governador, Savi também esquivou-se: "Prefiro não responder".

O DEM participa do primeiro escalão, com Neldo Egon, secretário de Desenvolvimento do Turismo, com José Aparecido, o Cidinho, no comando da pasta de Projetos Estratégicos e MT Regional, além de ter Leôncio Pinheiro na presidência da Empaer. Apesar disso, Jayme Campos assegura que estes nomes não são indicações do partido e sim da cota pessoal do governador.