DEM articula Jayme para governador com Thelma de vice
Primeiro, o tucano Wilson Santos está na condição de pré-candidato ao Palácio Paiaguás, apesar de sinalizar que não deve encarar as eleições. Thelma só seria opção para vice se o prefeito cuiabano "jogar a toalha", ou seja, permanecer à frente do Palácio Alencastro até 2012. Segundo, o DEM considera um bom reforço o nome de Thelma para vice porque representa a cuiabania e espólio político do ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), mas, por outro lado, sua base eleitoral está concentrada na mesma de Jayme, que também é da Baixada Cuiabana. Nesse caso, entra outro nome do PSDB como alternativa de vice: Nilson Leitão, ex-prefeito de dois mandatos de Sinop, cidade-pólo do Nortão. Leitão resistem. Seu projeto é concorrer a deputado federal. Thelma usa o mesmo discurso. Trabalha pela reeleição.
Para a cúpula do DEM, Jayme deve encarar a disputa pelo Paiaguás de novo porque está vendo que o "cavalo passará arreado de novo", ou seja, deve ter adversários tidos como fracos e mal articulados politicamente, o que aumentaria sua chance de vitória, assim como foi para senador, em 2006, e nas eleições para prefeito de Várzea Grande e também de goverador, em 1990. Para Oscar Ribeiro, que comanda o DEM regional, o cenário político é favorável ao cacique do velho PFL que já foi governador de 91 a 94.
Os democratas não estão preocupados nem com o fato de se aliarem ao PSDB, que foi adversário por vários anos. Argumentam que cada eleição representa um novo momento e que DEM e PSDB caminham juntos em nível nacional. O senador Jayme Campos revelou a seus aliados mais próximos que o seu desejo pessoal é que Thelma seja vice de sua chapa. Ele está convicto de que Santos não será candidato em 2010. Jayme acredita que sua candidatura atrairia outros partidos e líderes políticos para a aliança, como o PP do presidente da Assembleia, deputado José Riva, e o PTB do vice-prefeito de Cuiabá Chico Galindo.
Em meio às conjecturas, ficariam na outra ponta o PMDB que deve lançar o vice-governador Silval Barbosa à sucessão de Blairo Maggi, o PR, hoje maior legenda do Estado, e o PT. O quadro sobre pré-candidaturas a governador está mais confuso ainda porque nomes tidos como apolíticos, como do juiz federal Julier Sebastião da Silva, são alimentados nos bastidores como alternativas eleitorais.
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