PT vai enquadrar direções estaduais: tudo pró-Dilma
O PT vai enquadrar as seções estaduais do partido para impedir o lançamento antecipado de concorrentes petistas aos governos dos Estados. Em mais um movimento para atrair o PMDB em torno da candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Diretório Nacional do PT decidiu endurecer e baixou resolução para segurar o ímpeto dos candidatos mais apressados.
No calendário pró-Dilma, a prioridade é construir parcerias para favorecer o apoio à ministra. Por determinação do comando petista, prévias e encontros convocados para definição de candidaturas estão agora suspensos até fevereiro de 2010, quando o PT completará 30 anos e realizará seu 4º Congresso Nacional, desta vez para aprovar a política de alianças e a plataforma da provável campanha de Dilma.
O plano é montar palanques para a ministra no maior número possível de Estados, mesmo que para isso seja necessário sacrificar candidatos do PT aos governos. A decisão da cúpula petista ocorre uma semana depois da polêmica travada com o ministro da Justiça, Tarso Genro, que lançou seu nome para a disputa ao governo do Rio Grande do Sul. Ao ser informado da atitude de Tarso, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), chamou de "informal" o calendário gaúcho e disse que a prioridade era a construção de uma aliança nacional em torno de Dilma, principalmente com o PMDB.
Tarso reagiu e, visivelmente contrariado, afirmou que Berzoini devia um "pedido de desculpas" aos gaúchos. Até mesmo o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, abatido pelo escândalo mensalão, entrou na briga. "Defendo, sim, o diálogo com o PMDB e a abertura para alianças, sem precondições e sem ilusões. Se dialogamos com o PTB, o PDT e o PP e fazemos alianças nos municípios, por que não dialogar com o PMDB, nosso principal aliado em nível nacional?", perguntou Dirceu.
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