Divulgação de verbas indenizatória é um avanço

Além do ineditismo no Estado, a decisão da Câmara Municipal representa outro avanço porque a prestação de contas disponibilizada na internet contém o número da nota fiscal ou do simples recibo entregue pelos vereadores. Isso deve pelo menos coibir o maior ralo por onde a corrupção continua se apropriando do dinheiro público, ou seja, a fraude em notas fiscais e recibos, já que os órgãos fiscalizadores poderão pelos números conferir os dados informados pelos vereadores e seus emitentes.

A medida da Câmara foi adotada depois que o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) teve que recorrer várias vezes à Justiça para ter acesso aos dados da Casa, que não deixa de protagonizar escândalos desde a gestão que teve a atual deputada Chica Nunes (PSDB) como presidente, ou seja, 2005 e 2006. Ela foi até denunciada com outras nove pessoas por formação de quadrilha e peculato e todos correm o risco de ser obrigada a devolver R$ 6,3 milhões aos cofres públicos. A Legislatura passada (2007/2008), sob comando de Lutero Ponce (PMDB), já é investigada por uma auditoria particular contratada por Deucimar.(TM)

Gasto total dos vereadores cuiabanos

Antônio Fernandes (PSDB) R$ 8.986,89 Chico 2 mil (PR) R$ 9 mil Deucimar Silva (PP) R$ 8.448,59 Domingos Sávio (PMDB) R$ 9.014,00 Everton Pop (PP) R$ 8.968,37 Francisco Vuolo (PR) R$ 9.013,28 Ivan Evangelista (PPS) R$ 9.378,01 Lúdio Cabral (PT) R$ 8.925,40 Paulo Borges (PMDB) R$ 9 mil Rossivelt Coelho (PSDB) R$ 8,5 mil Toninho de Souza (PDT) R$ 9 mil

* O vereador só pode ser ressarcido até o valor máximo de R$ 9,2 mil A