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Politica Brasil
Domingo - 10 de Maio de 2009 às 10:00

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O deputado federal Wellington Fagundes (PR), que já está no quinto mandato consecutivo, é o que menos esteve presente às sessões da Câmara Federal este ano. Ele compareceu a 28 das 36 sessões deliberativas realizadas na Casa e teve 8 faltas não justificadas. Proposições de sua autoria apresentada foram cinco, sendo uma emenda à Constituição, uma indicação e três projetos de lei.

O republicano, porém, destaca que o eleitorado de Mato Grosso é diferente do eleitorado de São Paulo, por exemplo. "Aqui, as pessoas não querem saber de discurso bonito em Brasília, nem de projeto de lei, aqui o povo quer ver o deputado, quer ter contato, saber o que ele está levando de bom para a localidade, é diferente". Fagundes argumenta ainda que a bancada de Mato Grosso é pequena, com apenas oito deputados, enquanto São Paulo tem 70. Por isso, segundo ele, o deputado tem que visitar as bases, dar atenção ao eleitor. "O político que se elege e some do Estado, não vai longe".

Além disso, só carrear obras também não é suficiente, conforme Fagundes. Ele frisa que o povo quer ver e falar com o deputado. "Por isso sou adepto do voto distrital". Para o deputado, a apresentação de projetos de lei não é a melhor forma de mensurar o trabalho de um parlamentar. Ele pondera que o índice de aprovação de projetos é baixo e quando a proposta realmente é boa, o Executivo atropela e toma para si. Fagundes aponta que a verdadeira atuação do parlamentar está nas comissões, onde ele tem condição de fazer as coisas acontecerem.

De acordo com o republicano, a Constituição brasileira é boa, jovem e muito detalhista, então não sobraria muito sobre o que legislar. A necessidade estaria sim em se fazer cumprir o que já está estabelecido e não tanto em fazer novas leis.

Wellington Fagundes admite que o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) está sofrendo desgastes por conta de uma série de escândalos que vêm sendo divulgados. O mais recente, no caso da Câmara, ficou conhecido como a farra das passagens, onde a cota de passagens aéreas a que cada deputado tem direito foi utilizada de forma abusiva por alguns. "Infelizmente alguns abusaram, mas isso não pode ser tratado de forma generalizada".

O deputado por Mato Grosso defende ainda que a população deve entender que o Brasil tem um processo de implantação recente da democracia e muita coisa precisa ser amadurecida.




Fonte: A Gazeta

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