Governo Maggi troca gestão por eleição
O governo Maggi conseguiu uma “façanha”. É a primeira vez na política de Mato Grosso que um governo fica mais açodado pela eleição do que a oposição. Subiu no palanque de vez.
O governo só pensa “nisso”. E a gestão parou: só se trata de campanha: candidaturas de secretários de estado; se Blairo Maggi encara ou não o julgamento do voto popular; se o governador vira ministro; se Silval Barbosa será governador-candidato, se o DEM vem ou se o DEM vai. Eleição, eleição, eleição. Nada de gestão.
Pelo menos cinquenta por cento dos secretários de Blairo “estão” candidatos. Metade de um governo metida de corpo e alma no negócio eleitoral.
Já foram cogitadas na mídia as candidaturas dos seguintes secretários: Yuri Bastos Jorge, Chico Daltro, Vilceu Marchetti, Pedro Nadaf, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, Éder Moraes, Ságuas Moraes, Baiano Filho e Eumar Novacki, este último o único que ensaiou uma tímida negativa sobre suas “pretensões” eleitorais.
A outra metade do secretariado do governo eleitoral só não trata de campanha porque não tem chance: ou são ilustres desconhecidos ou comandam fiascos administrativos que não rendem votos, como por exemplo a Segurança Pública, o Meio Ambiente e a Saúde.
No caso do governo Maggi, aquela musiquinha do parou por que, por que parou, tem um motivo óbvio: o Palácio Paiaguás mudou de nome, virou Palanque Paiaguás.
O cidadão contribuinte que aguente o governo que só trata de eleição. Gestão que é bom, nada.
Para os secretários-candidatos um lembrete do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva: ser candidato-secretário pode ser uma “faca de dois gumes”, com o sujeito carregando o peso do desgaste de uma má gestão.
Como o mau exemplo vem de cima, o governador e o vice só tratam do futuro político pessoal, não há sinal de que a coisa retome o seu lugar, que o executivo volte a trabalhar neste apagar das luzes do governo da turma da botina.
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