“Cassação por infidelidade foi um estupro”, dispara Riva
O presidente da Assembleia, José Riva (PP), não poupou críticas ao Congresso Nacional e "rasgou o verbo" ao declarar que cassação por infidelidade partidária foi um “estupro” em virtude da falta de uma reforma política, que até hoje ainda tramita na Câmara e no Senado Federal.“Os vereadores só foram cassados porque o Congresso Nacional não legislou. Foi a falta de uma reforma política. Mais uma vez, o vereador foi usado com bode expiatório”, lamenta o deputado nesta quinta (7), durante abertura do 1º Congresso de Vereadores de Mato Grosso, no Centro de Eventos do Pantanal.
O parlamentar salienta que para que a matéria seja analisada pelo Congresso é preciso “pressão” por parte dos vereadores. “Uma mudança radical no Congresso aconteceria com a mobilização ampla dos vereadores, que têm a força”, afirma. Com um discurso de pré-candidato ao Senado, Riva ainda se mostrou a favor do projeto de lei que aumenta o número de vereadores. Mas pondera ser necessário também que seja viabilizado um adicional no valor dos recursos públicos destinados aos parlamentares do município. Defendeu ainda o fim das emendas parlamentares e a criação de um fundo de apoio ao município. “Assim, o prefeito precisa assinar convênios uma única vez e os repasse seriam feito de forma isonômica para que todos os municípios sejam contemplados, reduzindo as desigualdades entre as regiões do Estado. Com isso, acabaremos com a politicagem”, destaca José Riva, apontando que 80% dos municípios, por exemplo, não tem estradas.
2010
Sobre as eleições em 2010, Riva avalizou o nome do secretário de Fazenda Éder Moraes para representar a sigla progressista numa disputa ao governo, bem como concorrer a qualquer outro cargo. Éder, inclusive, já declarou o desejo de se candidatar rumo ao Palácio Paiaguás e tem sido sondado por vários partidos, entre eles o PP. Mas ainda não se filiou a nenhuma legenda. Segundo Riva, o secretário estaria habitado ao cargo em razão dos serviços prestados a Mato Grosso frente a ações de fisco e tributárias. No entanto, poderá dar encaminhamento a seu projeto político somente em outubro. Esse é um pedido do próprio governador, que Éder “promete” cumprir.
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