Cuiabá tem a segunda cesta básica mais cara do país em abril

A cesta básica adquirida pelos cuiabanos sofreu o segundo maior aumento no mês de abril, da ordem de 4,90%. Com esse aumento a cesta básica da capital mato-grossense fechou o mês de abril custando R$ 226,31. O índice foi o segundo maior entre as 18 capitais brasileiras pesquisadas. Os dados são da KGM Pesquisas. Depois de registrar pequena queda em março, o custo dos alimentos disparou.

Cuiabá perdeu apenas para Porto Alegre. Na capital gaúcha, a cesta básica de 13 itens – considerada a ração mínima necessária para um trabalhador adulto durante 30 dias -, foi comprada, em média, por R$ 234,81. E isso apesar de Porto Alegre ter registrado queda de 1,64% em abril em comparação a março, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que realiza a pesquisa em 17 capitais brasileiras. Em Cuiabá, a pesquisa é realizada pela KGM Pesquisas, utilizando a mesma metodologia do Dieese.

Em Cuiabá os principais responsáveis pela elevação dos preços foram hortifrutigranjeiros. Batata (19,74%), tomate (16,28%) e banana nanica (7,37%) tiveram os maiores aumentos. Um dos três itens que mais subiram em 11 das 17 capitais investigadas pelo Dieese, em Cuiabá a manteiga teve o quarto maior aumento, da ordem de 7,03%.

Contribuíram para segurar os preços em Cuiabá o feijão carioca (-4,55%) e a farinha de trigo (-3,41%). Dos 13 itens, oito sofreram aumento. Já os preços do açúcar, café, leite e pão se mantiveram estáveis no período, em Cuiabá.

Com esse resultado, a alta acumulada da cesta básica em 2009 chega a 5,13%, considerando-se que o valor da cesta em janeiro deste ano foi de R$ 215,27. Já a alta acumulada nos últimos 40 meses (janeiro de 2006 a abril de 2009), período em que a KGM realiza a pesquisa em Cuiabá, atinge a cifra de 33,98%.

A metodologia na capital é a mesma do Dieese para a realização da pesquisa de cesta básica. A coleta de preços dos produtos, feita preferencialmente no mesmo dia, todos os meses, ocorre em cinco estabelecimentos, sendo três supermercados e duas feiras-livres.