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Politica Brasil
Sexta - 01 de Maio de 2009 às 00:04

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O engenheiro agrônomo Antonimar Marinho dos Santos foi exonerado nesta quinta (30) do cargo de diretor de Pesquisas da Empaer, após uma briga com assessores do presidente Leôncio Pinheiro, principalmente com o chefe de gabinete Gabriel Miranda dos Santos. Antonimar ocupava o posto desde janeiro de 2003, inclusive com respaldo do governador Blairo Maggi, que tomou posse naquela época. A saída do técnico da diretoria gerou revolta entre os servidores, que consideram Antonimar um profissional competente e que se preocupa em recuperar a estrutura e o prestígio da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa e Extensão Rural e, com isso, acabou "trombando" contra alguns da velha safra do quadro e que demonstram, na prática, comodismo.

No lugar de Antonimar, assume o servidor de carreira Norival Tiago, irmão do radialista e apresentador de TV Osmair Tiago. A confusão se formou porque o grupo do presidente Leôncio Pinheiro cobrou substituição de Antonimar, considerando que, conforme estabelece o Conselho de Administração, deve haver eleição para diretoria a cada três anos, com direito à reeleição. No caso de Antonimar, este já havia superado os seis anos no cargo de diretor. Apesar disso, existe o componente político. Acontece que o governador é o acionista majoritário no Conselho da Empaer e, como tal, tem autonomia para tomar decisão unilateral. Antonimar esperava respaldo do Palácio Paiaguás para continuar na diretoria. Ele é ligado ao secretário extraordinário de Projetos Estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, que entrou na articulação para mantê-lo no cargo. Por enquanto, não conseguiu.

Perguntado pelo RDNews sobre a queda-de-braço que resultou na sua exoneração, Antonimar se mostrou descontente com as conspirações e disparou críticas. "Existem uns senhores na Empaer que não querem avanço da empresa. São aposentados que não fazem nada", disse o ex-diretor, numa referência ao chefe de gabinete do presidente Leôncio, Gabriel Miranda dos Reis, a Osvaldo Ferreira e a Antonio Jesuíno de Oliveira, que está com 37 anos na Empaer e prestes a se aposentar. "Tratam-se de pessoas da época da pedra lascada que são assessores do presidente e dificultam tudo".

Para Antonimar, Leôncio não tem autonomia, ou seja, é controlado pelos assessores. Disparou também críticas ao secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon, que preside o Conselho e se mostra omisso ao desmonte da Empaer, que "foi despejada" do prédio do complexo do CPA e está com a estrutura dividida entre o espaço de um laboratório em Várzea Grande e uma casa no Boa Esperança. "Eu falo a verdade porque não sou de mandar recado. Eles trancam as coisas para não deixar a Empaer andar e evoluir e aí eu os denunciei. Aí reuniram o Conselho é me tiraram", reclama o ex-diretor de Pesquisa.





Fonte: RD News

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