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Politica Brasil
Quinta - 30 de Abril de 2009 às 10:11
Por: Alline Marques

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O secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, e o prefeito Wilson Santos (PSDB) travaram o primeiro embate político com relação a disputa ao governo do Estado durante o programa Chamada Geral, na Mega FM 95,9.Os dois potenciais candidatos travaram um duro embate na manhã desta quinta-feira (30) e que promete esquentar ainda mais o clima para a disputa em 2010. Eder que até então era cogitado para disputar a deputado estadual, parece estar mudando o rumo e pode ser o nome do PP para o governo.

O secretário recebeu o convite do deputado José Riva e estuda a possibilidade, conforme adiantou o site Olhar Direto na noite de ontem. Após Wilson Santos fazer duras críticas à gestão do governador Blairo Maggi, o secretário rebateu e ainda ironizou: “mais me pareceu um programa de humor de tanta piada”, ao se referir à entrevista do prefeito durante o programa Chamada Geral.

Eder Moraes fez os contrapontos de algumas questões levantadas pelo prefeito e destacou que a drenagem da Avenida Beira Rio, citada pelo prefeito Wilson Santos durante o programa como obra executada pelo município, foi realizada com recursos do Estado e emendas parlamentares, “sem sequer um centavo do município”.O secretário lembrou ainda que a placa da obra que mostrava de onde vinham os recursos foi retirada. “Isso foi de uma deselegância e pequenês sem tamanho”, afirmou.

No entanto, Wilson Santos justificou que durante a gestão do ex-secretário municipal de Transporte Urbano, Elismar Bezerra, foram feitas algumas adequações e a placa já foi recolocada. O curioso é que somente depois da campanha isso ocorreu. O tucano lembrou ainda que a Beira Rio foi construída na gestão ex-prefeito Manoel Antônio Rodrigues Palma e a drenagem na atual gestão foi executada em parceria e informou que a prefeitura colocou R$ 3 milhões na obra.

Na área da saúde, Eder Moraes lembrou que o governador tem construído hospitais regionais, a exemplo de Cáceres, além de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) que beneficiam o município. Já Wilson Santos enfatizou que o hospital de Cáceres foi construído durante o governo do deputado Carlos Bezerra (PMDB), à época governador.

Moraes destacou ainda que o Estado repassa quase R$ 2 milhões todos os meses na saúde de Cuiabá e possui mais de 800 servidores estaduais servindo à capital nesta área. Só que o repasse do governo ao município não representa nem 10% do orçamento da pasta da Saúde, já que a secretaria tem o montante de R$ 270 milhões.

O secretário fez questão de relembrar que o Pronto Socorro de Cuiabá já recebeu todos os recursos que necessita para a reforma, mas também não consegue sair do papel há mais de dois anos. “Quer me parecer que o problema na saúde é de gestão”, afirmou.

Eder Moraes ainda compara o índice de mortalidade no Pronto Socorro não teve uma grande redução nos últimos seis anos, em que o prefeito Wilson Santos está à frente da prefeitura. Ele enfatiza ainda que atender pacientes do interior é natural.

“Capital é para isso, referência de capital é no comércio, é no hospital, é no ensino, em todas áreas. Não pode se esquecer que os municípios do interior bancam boa parte da economia de Cuiabá. O consumo da Baixada Cuiabana se dá em produção industrial demandada pelo interior de Mato Grosso”, afirmou.

Outra questão apontada pelo secretário é com relação ao cursinho pré-vestibular, pois segundo ele, quase 100% do financiamento do Cuiabá-Vest é bancado pelo governo do Estado.

Ao falar de estradas, o secretário lembrou que durante o governo Fernando Henrique Cardoso foram lançadas as obras na BR-163, porém a única coisa que ocorreu foi um processo de superfaturamento naquela rodovia. “O governador Blairo Maggi, junto com o Luiz Antônio Pagot iniciou um trabalho de base nunca feito antes para a realização de projetos, pois se não há projeto não há obras”, afirmou.Segundo Eder, o governo articulou com paciência para conseguir destravar os impasses e a BR 158 já deve sair do papel, o que não ocorreu no governo Dante de Oliveira.

“Agora é fácil assumir a paternidade de várias obras que não lhe pertence do ponto de vista do recurso financeiro, a exemplo da Avenida das Torres, em que o município participa com a menor parte, mas assumiu a paternidade e não consegue fazer as coisas andarem”, provocou Eder Moraes.Já Wilson lembrou que a obra recebeu R$ 25 milhões do município e será retomada em maio. Ele destacou ainda a parceria com a senadora Serys Marly (PT), que repassou recursos através de emenda.

“Agora é fácil fazer obras e mais obras sem obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, como ocorreu em 99% das obras do governo passado. Para se ter idéia o Estado pagou ontem a última parcela da conta que foi feita para construção de ponte. (...) Contas que deixaram o caixa do governo estrangulado e ainda assim a gestão do governador Blairo Maggi vai entrar para a história com o maior número de obras. O governo Maggi é um divisor de águas”, declarou.

Eder Moraes fez questão de lembrar os problemas financeiros do governo Dante de Oliveira. “É fácil fazer conta, o difícil é manter os compromissos em dia, pagar as contas atrasadas, assumir o compromisso de governos anteriores e manter a maquina andando e os salários em dia, manter o repasse de todos os poderes rigorosamente em dia. (...) Esquecem que servidores ficaram seis meses com salário atrasado, falam de família, mas judiaram da família mato-grossense”, relatou.

Vários outros prontos e setores foram discutidos durante a entrevista do secretário, como segurança, Ferronorte, a termelétrica e o Prodeic, que segundo Wilson Santos também foram criadas durante gestão de Bezerra,

Apesar do embate e das trocas de farpas, ambos quiseram fazer o social e garantiram que a briga não é pessoal, apenas de gestão. O anúncio do governador Blairo Maggi sobre seu recuo em disputar as eleições em 2010 tem provocado uma reviravolta no cenário político e a briga está apenas começando.





Fonte: Olhar Direto

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