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Politica Brasil
Quarta - 29 de Abril de 2009 às 13:10

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Os senadores Serys Marly (PT) e Gilberto Goellner (DEM) já estão em pré-campanha pela reeleição. Seus desafios agora junto ao eleitorado são maiores do que naquele pleito de 2002, quando a petista se tornou a primeira representante feminina de Mato Grosso a conquistar uma cadeira no Congresso Nacional, enquanto Goellner, nos ombros de Jonas Pinheiro (já falecido), chegava ao posto de primeiro-suplente.

Se de um lado acumula experiência e poder de barganha em função do cargo de senadora, de outro Serys enfrenta desgaste junto ao eleitorado. Ela se distanciou das bases. Primeiro, por ficar mais tempo em Brasília para desenvolver suas atividades, principalmente quanto à presença nas sessões. Segundo, sua agenda consta várias viagens internacionais e reuniões internas nas comissões temáticas e nos Ministérios. Terceiro, mudou o perfil. É governista de carteirinha e agora pertence à elite. Serys não é mais vista nas manifestações dos movimentos sociais, como dos sem-terra, dos bancários e dos servidores públicos, principalmente quando os protestos são contra o governo federal.

Quando atuava como deputada estadual, Serys fazia o contrário. Era a primeira a liderar manifestações, cobrava de forma dura os governos estadual e federal e vivia carregando dossiês contra gestores para protocolá-los no Ministério Público e cobrar providências. Agora, sete anos depois de estrear como senadora, a petista deflagra sua campanha por um novo mandato. Ela ainda não tem certeza de que será escolhida pelo PT, já que o deputado federal e presidente regional da legenda Carlos Abicalil também se movimenta de olho na candidatura de senador.

Já o empresário Gilberto Goellner continua um mero desconhecido, mesmo com mais de um ano no cargo de senador. Substitui o falecido Jonas. Goellner tem atuação pífia, principalmente na Baixada Cuiabana. Ele pertence à bancada ruralista e seus discursos e ações são voltados ao setor do agronegócio e visa o autobenefício na iniciativa privada. No DEM, ele se tornou a principal alternativa para concorrer à senatória. Mesmo assim, nem os próprios aliados apostam em sua reeleição.

Serão abertas nas urnas de 2010 duas das três cadeiras no Senado destinadas a Mato Grosso, com o vencimento dos mandatos de Serys e de Goellner. Jayme Campos (DEM) continua no cargo até 2014 e, mesmo assim, ensaia pré-candidatura a governador no próximo ano. Ele nada tem a perder, pois, independente do resultado, tem a garantia do mandato de senador por mais alguns anos.

(13h) - Estou presente nos municípios e não abandonei movimentos sociais, diz Serys

A senadora Serys Marly reagiu à matéria acima. Ela garante que está presente nos municípios e cita o fato de, no ano passado, ter visitado 106 dos 141. Destaca ainda que tem consegueido viabilizar obras e projetos para esses municípios. Admite que, de fato, a agenda é intensa em Brasília e que não abandonou os movimentos sociais. A parlamentar não vê também incoerência em ser governista e comenta que uma de suas missões no Congresso Nacional tem sido de inserir MT nos grandes projetos do governo federal.

Eis, abaixo, a íntegra da nota assinada pela senadora Serys

"Cara equipe do RDNews,

Gostaria de informar que, diferente do que a matéria veiculada nessa quarta-feira (29) faz crer, tenho estado presente, de forma sistemática, em Mato Grosso. Prova in contest é que, em 2008, estive em 106 dos 141 municípios e garanti obras, já feitas ou em andamento, em todos os 141 municípios do Estado, fruto de emendas parlamentares e gestões feitas em Brasília.

Como tenho o compromisso em participar das sessões, comissões e audiências no Senado, afinal, fui eleita para isso, passo a semana me dedicando aos trabalhos parlamentares que não são poucos. O reconhecimento desse trabalho parlamentar pode ser visto pela ONG Transparência Brasil, onde meu nome figura entre os 10 parlamentares do Senado que têm projetos relevantes apresentados, além do Prêmio do Mérito Legislativo, concedido pela Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e o Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro (IDELB). A premiação destaca as iniciativas parlamentares de reconhecida relevância social. No entanto, tenho dedicado os finais de semana, e sempre que a agenda me permite, a estar em Mato Grosso, em contato com a população. Ouvindo suas reivindicações e as encaminhando aqui, no Congresso, e no Governo Federal, com o qual tenho excelente trânsito.

Afirmo ainda que não abandonei os movimentos sociais. Ao contrário, minha luta a favor deles está cada vez mais fortalecida. Só para ficar em um exemplo, participei, na ultima sexta-feira, em Cuiabá, de uma audiência entre a superintendência do Incra em Mato Grosso e coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de todo o Estado. Uma reunião dura, de enfrentamento, que cobrou o andamento dos processos em Mato Grosso, conforme a própria imprensa cobriu e atestou. Meu trabalho junto aos movimentos sociais e comunitários tem sido incansável e reconhecido pelas entidades a eles ligados.

Quanto a fazer oposição ou não ao governo, não vejo nenhuma incoerência em minha postura. Em Brasília, uma de minhas maiores missões – e tenho tido êxito nela – tem sido a de garantir que Mato Grosso seja inserido nos grandes projetos do Governo Federal, como o Luz para Todos (de eletrificação rural) e o Territórios da Cidadania (de regularização fundiária), entre outros tantos projetos.

Meu mandato me foi outorgado pela população de Mato Grosso e é para ela que trabalho. Não só hoje, mas nos últimos 18 anos de vida pública. Esse é e sempre foi meu compromisso."

Abraços,

Serys Marly Slhessarenko

Senadora





Fonte: RD News

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