Eraí nega ter se beneficiado com desistência de Maggi
Mesmo negando interesse em disputar cargo eletivo em 2010, o empresário e produtor rural, primo do governador Blairo Maggi, Eraí Maggi (PDT), defende obras de infraestrutura para alavancar a economia mato-grossense. "Mato Grosso é um Estado pobre, que precisa de investimentos em infraestrutura, principalmente na duplicação de rodovias", defendeu. Nos bastidores, comenta-se que Eraí é forte candidato ao Senado e, assim como o deputado federal Wellington Fagundes (PR), foi beneficiado com a desistência do governador em disputar o pleito. Em público, contudo, ele alega que não é o momento de lançar candidaturas. "Agora é hora de apoiarmos quem está na política. Ainda não estou pensando nas eleições", disse, manifestando claramente interesse num cargo político.
Perguntado sobre a desistência de Maggi em disputar a senatória, Eraí respondeu que o governador não tomaria a decisão sem antes fazer uma análise dos benefícios e prejuízos. "Cada um tem a sua contribuição a dar. Ele (Maggi) deu sua contribuição e, com certeza, sabe o que será melhor para ele neste momento", avaliou.
Eraí filiou-se em outubro de 2006 ao PDT, após deixar o PSDB, partido pelo qual disputou a eleição de 2002, como suplente ao Senado do ex-governador Dante de Oliveira. Apesar do grau de parentesco com o governador, Eraí destacou que o fato dele ser da família nunca o privilegiou politicamente, muito menos foi um empecilho para ingressar na vida política. Em 2006, ensaiou novamente candidatura ao Senado, mas se viu obrigado a recuar por falta de apoio e de grupo político.
Dono do Grupo Bom Futuro, Eraí planta mais de 150 mil hectares entre soja, milho e arroz em 11 municípios mato-grossenses. Ele ultrapassou o primo Maggi em 2007 e tornou-se o maior produtor individual de soja do mundo. Desde 1978 tem investimentos em Juara e, em 1982, passou a morar definitivamente em Mato Grosso.
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