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Politica Brasil
Segunda - 27 de Abril de 2009 às 22:49

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Presidente da AL se defende dos processos sobre "calcinhas" e dos cheques na factoring de Arcanjo, afirma que Pedro Taques tentou destruí-lo por questão política, chama o procurador para o embate eleitoral para, assim, ter oportunidade de mostrar "as injustiças" cometidas pelo membro do MPF, garante que não roubou, diz possuir tino para os negócios e que conseguiu na Justiça conexão dos processos

O presidente da Assembleia pela quarta vez José Geraldo Riva (PP) se defendeu das acusações de que teria cometido atos de improbidade à frente da Mesa Diretora e da suposta ligação com factoring do "comendador" João Arcanjo Ribeiro, preso por comandar o crime organizado em Mato Grosso, e ainda chamou de "imbecil" e de "maldoso" o autor de dezenas de denúncias, procurador da República Pedro Taques, que hoje atua em São Paulo. Riva foi entrevistado por mais de uma hora no Ponto de Vista, da TV Rondon (Rede TV!), levado ao ar no domingo à noite pelo apresentador Onofre Júnior.

Questionado sobre os diversos cheques da AL que foram trocados na factorting de Arcanjo, o deputado reagiu: "Por que só a Assembleia foi exposta? E por quê não os outros? Tinham cheques do governo, de prefeituras, de órgãos e de todo mundo?". Em seguida, o próprio parlamentar tratou de respondeu: "Só focaram na Assembleia pela questão política de querer destruir o Riva e o Bosaipo (ex-deputado Humberto Bosaipo, hoje conselheiro do TCE). Riva afirmou ainda que era comum à época as empresas dever para factoring e nem todos sabiam que a empresa pertencia Arcanjo. Quando alguém recebia da AL, conta o parlamentar, "já tinha gente (de factoring) cercando para tomar cheque de empresários, até mesmo de forma violenta. José Riva garante que a AL não operou com factoring.

Efeito calcinhas

Sobre o episódio das calcinhas, em que o Ministério Público denunciou que a empresa Cláudia Moda Íntima, aberta por Maria Benedita Pereira da Paz, irmã do contador da AL Joel Quirino Pereira, acusado de cadastrar empresas inativas para emitir cheques, seria destinatária de um cheque de R$ 55 mil assinado por Riva e Bosaipo, o atual presidente da Assembleia afirma que essa acusação "é imbecil". "Você acha que alguém é imbecil? A Assembleia, o governo ou prefeitura vá (sic) comprar calcinhas? Mais imbecil é o cara que falou isso. Foi maldade de um procurador que não tem compromisso com a verdade", disparou Riva, numa referência a Pedro Taques.

Em seguida, o deputado do PP lança desafio: "Eu quero que ele seja candidato para mostrar o monte de injustiças que esse cidadão já fez em MT. Não tenho medo de enfrentar ele". Foi um recado a Taques, que admite a pretensão de concorrer a cargo majoritária em 2010, tanto a governador quanto a senador. Riva se articula para também entrar na disputa, principalmente à senatória.

Segundo Riva, o processo em que é acusado de comprar calcinhas em nome da AL trata-se de locação de aeronaves. Assegura que de 1998 a 2000 o Legislativo tinha feito contrato para aluguel de aviões e a empresa fechou as portas. Em 2002, seus então proprietários abriram uma empresa de lingerie. "O procurador (Pedro Taques) maldosamente pegou a alteração do contrato e acusou que a AL comprou calcinhas", diz o deputado. Ele observa ainda que mostrou toda documentação para a senadora petista Serys Marly e esta o perguntou do porquê não processar o acusador. Riva disse que, em resposta, disse que "não adianta".

O deputado afirma que não estaria tranquilo e atuando na AL se tivesse "roubado". "Não tenho medo de falar sobre qualquer assunto. Eu não sou o Paulo Maluf", comentou Riva, numa reação à reportagem recente de duas páginas no Jornal do Brasil, que o compara ao ex-prefeito de São Paulo. Riva disse na entrevista que ganhou "as coisas com muito sacrifício" e que vendeu muitas terras da região de Juara", onde tem residência fixa. "Tenho tino para negociações. Ganhei muito dinheiro e nem sei onde coloquei dinheiro. Tenho uma fundação e prefiro nem divulgar isso (...)", ressalta o cacique do PP.

Ainda sobre os processos nos quais figura como réu, José Riva afirma que "infelizmente tem pessoas maldosoas que exageraram". Reclama do MP, que abriu processo para cada denúncia de empresa que supostamente teria recebido cheque por "prestação de serviços" à AL. Explica que foi por essa razão que conseguiu na Justiça a conexão, ou seja, juntar todos os processos em apenas um por causa do vínculo entre todos eles. "Tentaram me destruir porque sabem que eu represento risco para as eleições. Não tenho medo de fazer desafios. Os mentirosos serão desmascarados. Por que não falaram do resto (que descontou cheques na factoring de Arcanjo)? Foi maldade!".





Fonte: RD News

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