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Politica Brasil
Sexta - 24 de Abril de 2009 às 23:41
Por: Andréa Haddad

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O coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, protocolou nesta sexta (24), junto ao Ministério Público Federal (MPF), uma lista de documentos, divulgada antecipadamente pelo RDNews, com comprovação de sonegação de informações à Justiça na campanha à Prefeitura de Cuiabá em 2004 do hoje deputado Alexandre Cesar (PT). O petista poderá ficar inelegível por três anos, caso seja condenado por ter omitido despesas de campanha da prestação de contas entregue ao Tribunal Regional Eleitoral, prática criminosa conhecida por caixa 2. Acionado na Justiça por empresários que cobram supostas dívidas que chegariam a quase R$ 3 milhões - confira aqui -, Alexandre voltou a ser alvo de denúncia nesta sexta do MCCE, novamente por ter deixado de declarar débitos referentes à campanha ao Palácio Alencastro.

A denúncia é sustentada por contratos, documentos, lista de pagamentos e até mesmo por um CD em que, segundo Ceará, consta a lista de pessoas supostamente contratadas e pagas com recursos do caixa 2 petista. "Apresentamos novas provas e fatos novos que comprovam definitivamente que existiu caixa 2 na campanha petista", atesta. Também foram protocolados junto ao MPF nove contratos firmados pelo diretório da legenda com coordenadores da campanha. Nos documentos, eles firmam o compromisso de repassar o dinheiro aos cabos eleitorais. Conforme Ceará, os dirigentes do PT anexaram aos recibos de pagamento a lista com os nomes das pessoas e o valor recebido por cada uma.

"Ao menos 400 pessoas receberam recursos do caixa 2", assegura Ceará. "Além do nome de cada um, aparece na lista o telefone, número de documentos pessoais e, até mesmo, endereço residencial", informou. No "camalhaço" de documentos, há quatro notas fiscais emitidas em favor de estabelecimentos comerciais. Somente uma empresa é fornecedora: Carlos Roberto Pinto M.E. O comitê de campanha emitiu nota no valor de R$ 124,2 mil. O gasto também não foi declarado na prestação de contas. "Como este tipo de sentença não é retroativa, se for condenado em última instância, Alexandre Cesar não perderá o mandato de deputado estadual", avaliou o advogado do MCCE, Vilson Nery.

Procurador do Estado licenciado, Alexandre ocupa hoje cadeira de deputado no lugar do titular Ságuas Moraes, secretário de Estado de Educação. Ela já concorreu, sem êxito, às candidaturas de vice-prefeito e de prefeito, nos pleitos de 2000 e 2004, respectivamente. Em 2002 tentou para governador e, novamente, foi derrotado. Em 2006 entrou na briga eleitoral para deputado estadual e ficou na primeira suplência.





Fonte: RD News

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