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Politica Brasil
Sexta - 17 de Abril de 2009 às 16:31
Por: Sandra Costa

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Nas eleições de 2010, um dos 141 municípios de Mato Grosso será escolhido para fazer parte do grupo das 15 cidades do Brasil a serem testadas com a tecnologia da urna biométrica. Com o objetivo de garantir mais agilidade e segurança ao processo com essa inovação, o eleitor poderá ser reconhecido pela digital e pela foto. O presidente eleito do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Evandro Stábile, garantiu em entrevista exclusiva ao RDNews, que o "sortudo" município ainda não foi definido. A escolha será feita pelo pleno do TRE com base em uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai delimitar o perfil das cidades a receberem o experimento. Tangará da Serra, Sinop, Sorriso e Cáceres são algumas das cidades que estão no páreo. “A quantidade das urnas vai depender do número de eleitores, que deve variar entre 50 e 60 mil”. Em 2008, a tecnologia já foi testada em três municípios brasileiros.

O desembargador, que assume oficialmente a presidência em uma solenidade de posse na próxima quinta (23), vai permanecer dois anos à frente do órgão e tem a "árdua" tarefa de comandar as eleições de 2010, quando serão escolhidos o novo governador e vice, oito deputados federais, 24 estaduais, dois senadores, além do presidente da República. Receoso, o novo presidente preferiu não comentar assuntos polêmicos como a questão da reforma política, críticas à gestão de seu antecessor, desembargador Leônidas Monteiro, ou a outros órgãos que compõem a Justiça Eleitoral.

Numa visão positivista, Stábile acredita que tanto o eleito quanto os candidatos estão mais conscientes de seus papéis perante as eleições. “Todo o processo eleitoral tem se aperfeiçoado. Ocorrem fatos desagradáveis como a cassação de um candidato eleito, mas isso não quer dizer que o eleitor ou candidato esteja mais desatento. Eu tenho a impressão de que os candidatos estão mais atentos, pois é de interesse deles que o processo eleitoral todo se desenvolva com lisura”, observou.

A edição de novas leis eleitorais, como a de fidelidade partidária para o novo presidente, não significa maior rigidez, mas sim parte de um processo onde as normas retornam o equilíbrio. “Tudo isso é parte do processo de aperfeiçoamento da democracia. Conforme vai se constatando a irregularidade no procedimento eleitoral, as leis vão se ajustando para sempre manter o equilíbrio”, declarou Stábile.

Com uma vasta experiência na área por ter sido juiz eleitoral em Jaciara (de 1988 a 1990) e em Cuiabá (2001 a 2003), além de membro do TRE nos anos de 1996 e 1997 na posição de juiz de direito, Stábile faz uma análise de que o Tribunal tem estrutura para agir com celeridade no julgamento dos processos. Todavia, salienta que para que o procedimento seja justo e equilibrado, é necessário oportunizar a manifestação das partes. “Esse fato é que às vezes atrasa o andamento processual”, explicou.

Stábile, que tem o desafio de comandar as eleições de 2010 no Estado, garantiu ainda que sua administração será pautada na transparência. “Espero que o processo transcorra normalmente e dentro da legalidade e das normas previstas para ele”, concluiu.





Fonte: RD News

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