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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 16 de Abril de 2009 às 10:54

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O destino político do empresário Mauro Mendes (PR) deve ser decidido no primeiro semestre deste ano. Se conseguir derrubar a sua inelegibilidade por três anos, fruto de uma condenação em primeira instância no ano passado, por suposto crime eleitoral durante a campanha à Prefeitura de Cuiabá, Mendes deverá obter junto ao PR o carimbo do seu passaporte para a corrida a governador. A Executiva entende que o nome de Mendes seria a principal alternativa para cabeça de chapa, principalmente se o governador Blairo Maggi, que hoje se insere nas articulações como pré-candidato ao Senado, desistir de concorrer a cargo eletivo.

Os republicanos insistem na tese de que hoje pertencem ao maior partido do Estado e que não podem abrir mão de encabeçar chapa majoritária. Mesmo com a pré-candidatura ao Palácio Paiaguás colocada pelo deputado Sérgio Ricardo, a cúpula do PR teima em não aceitá-lo. Maggi, por exemplo, chega a citar o nome do seu vice Silval Barbosa, do PMDB, como seu eventual candidato, em detrimento de Sérgio, que é do seu próprio partido. Por outro lado, quando se fala em Mendes, o governador se empolga. Entende que o colega empresário possui perfil político e técnico que agrada a maioria do eleitorado. Como ainda existe a barreira jurídica, Maggi prefere o discurso de que "pode surgir um candidato-surpresa".

O maior obstáculo hoje para Mendes, que saiu fortalecido das eleições de 2008, pois foi para o segundo turno e obteve 39,5% dos votos válidos num embate contra o prefeito Wilson Santos (PSDB), seria o fato de estar condenado à inegebilidade por três anos. Sendo assim, não pode disputar cargo eletivo até 2011. Ele reforçou sua banca de advogados, a fim de derrubar a decisão de primeiro grau. Ingressou com recurso junto ao TRE. O relator do processo é o juiz-membro Yale Sabo Mendes, que deve concluí-lo até o próximo mês.

A Procuradoria Regional Eleitoral emitiu parecer para anular o julgamento, que resultou não só na suspensão dos direitos políticos, mas também na condenação de Mendes e de sua então candidata à vice-prefeita Vera Araújo (PT) por compra de votos, gastos ilegais e abuso de poder econômico. Logo no início da campanha, o candidato republicano mandou confeccionar e distribuiu centenas de camisetas e bonés com cores e logomarcas do PR e dos partidos que apoiavam-no, além do número 22. Isso levou a juíza eleitoral a condenar a chapa. O procurador Thiago Lemos de Andrade vê ineficácia da sentença, considerando que Verinha não foi ouvida no processo que a condenou.

De acordo com o parecer do MPE, o processo deve voltar à Primeira Instância para ser novamente analisado e julgado pela juíza da 51ª Zona Eleitoral, Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, desta vez com a devida intimação da ex-candidata a vice. Cabe ao Pleno, após apresentação do voto do relator Yale, acolher ou não o recurso. É na expectativa de sair vitorioso do embate jurídico que Mendes, presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), afirma que está na trincheira.





Fonte: RD News

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