Ciro Gomes e Pedro Taques participam de ato do PDT

O PDT de Mato Grosso reúne hoje, em Cuiabá, os principais líderes da sigla e de partidos que deverão compor um bloco alternativo, para 2010, como o PSB. O procurador da República em São Paulo, Pedro Taques, cotado para disputar um mandato na eleição do próximo ano, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) estão confirmados no encontro.

Taques será um dos palestrantes do evento pedetista, quando tratará do tema ‘corrupção’. O evento contará com a participação do presidente nacional do PDT em exercício, Manoel Dias, além da cúpula da legenda no Estado, sob o comando do deputado estadual Otaviano Pivetta. De acordo com o secretário-geral do PDT no Estado, Marco Túlio de Araújo, também foram convidados representantes das legendas que poderão caminhar junto com o projeto majoritário da sigla brizolista.

O encontro reúne ainda presidentes dos diretórios municipais, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do partido. O ato político marcará também a largada de um projeto que pretende-se impor diante das ações de grandes siglas, como o PR, PMDB, DEM e PSDB. Dono de uma postura crítica em relação às ações dos Poderes Constituídos, o presidente estadual da legenda, Otaviano Pivetta, pretende alinhavar aliança para solidificar, no Estado, o chamado bloco de esquerda.

O bloco, lançado nacionalmente nas eleições de 2008, não decolou em Mato Grosso. Articulador da proposta no período, o presidente estadual do PSB, Valtenir Pereira, atribuiu a queda do projeto ao contexto peculiar das eleições municipais.

Sob o comando de Pivetta, o grupo de esquerda lançará estratégia que tem o objetivo de oferecer para a sociedade uma via alternativa para chegar ao comando do Palácio Paiaguás. Ciente de que poderá dar novo rumo a uma candidatura própria no Estado, o PDT tem no nome do procurador da República Pedro Taques sua maior esperança de se contrapor à tradição dos outros partidos.

Ao avaliar o cenário político estadual, o secretário-geral minimizou as chances dos virtuais adversários. “Acreditamos que o Wilson Santos não viabilizará sua candidatura ao governo. O Jayme a sociedade sabe que representa o passado. O que está aí não significa nada para nós”, disparou. Marco disse ainda que nem mesmo o Partido da República entrou em consenso sobre a escolha de um nome para liderar a corrida ao Palácio Paiaguás. Essa posição, para ele, respalda ainda mais a proposta do PDT.

No encontro, o PDT também discute o plano estadual de desenvolvimento do partido. No Estado, a sigla está representada por quatro prefeitos, sete vice-prefeitos e aproximadamente 65 vereadores – segundo o secretário-geral do PDT.

No ato, o presidente nacional também fará uma exposição sobre o alinhamento ideológico da legenda, além de discutir a composição da chapa para as eleições de 2010.