Tangará: Vereadores cobram tranparência em projetos encaminhados pelo chefe do Executivo
A polêmica em torno da apreciação de projetos encaminhados pelo Executivo à Câmara Municipal teve mais um desdobramento na última segunda-feira, no plenário Daniel Lopes da Silva.
Na tribuna livre, quase todos os parlamentares de oposição teceram críticas ácidas ao prefeito Júlio César Ladeia, cobrando mais esclarecimentos e transparência em relação aos projetos encaminhados pelo chefe do Executivo Municipal.
O mal-estar entre Executivo e vereadores oposicionistas teve origem na rejeição do Projeto de Lei 033/GP/2009 e piorou após uma declaração do prefeito num programa de TV, onde Ladeia teria tachado de “burros” os vereadores contrários à matéria. A declaração do chefe do Executivo acabou atingindo, indiretamente, o presidente do Legislativo, vereador Zé Pequeno (PT), que foi cobrado pelo vereador Celso Ferreira (DEM) por não ter saído em defesa dos colegas.
Em meio aos acalorados discursos, o prefeito Júlio César Ladeia passou a ser criticado pelos oposicionistas, que alegaram faltar transparência nos projetos encaminhados à Câmara. O vereador Miguel Romanhuk, do Democratas, disse que não poderia votar favorável a um projeto de lei sem a devida clareza sobre o teor da matéria. “Se não tiver total transparência, não voto”, alegou.
O pedetista Roque Fritzen também criticou Ladeia e afirmou que o projeto teria chegado incompleto aos vereadores. “É crônica a falta de transparência nos projetos do Executivo”, disse. Fritzen alegou que o projeto 033 teria lhe chegado para análise apenas com a mensagem, sem os demonstrativos dos remanejamentos orçamentários.
O vereador Zedeca (PMDB) teve discurso semelhante e avisou: “Toda vez que chegar aqui um projeto que me causar dúvida vou votar contra”, disse. Já Celso Ferreira, ao ver representantes do Antônio Conselheiro no plenário, afirmou que o Executivo os estaria usando como “massa de manobra”. Utilizando a falta de transparência como argumento, o vereador foi além e chegou a colocar em dúvida a intenção de Ladeia com o projeto de remanejamento. Ele recordou um episódio em que um cheque da prefeitura teria sido passado numa casa de prostituição de Cuiabá, ainda no primeiro mandato do atual prefeito.
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