Maggi pretende reduzir os gastos
Mesmo reconhecendo e recomendando cautela e rigor nos gastos públicos, o governador Blairo Maggi (PR) mostrou-se satisfeito com um levantamento feito pelo secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Pedro Nadaf do comportamento do quadro econômico de Mato Grosso, mas deverá avançar para mais de R$ 500 milhões contingenciados em cima da proposta orçamentária de R$ 7,743 bilhões. Apesar de acreditar que todas as ações adotadas em termos de logística estão surtindo efeitos e permitindo que Mato Grosso seja o Estado menos atingido pelos efeitos da crise econômica mundial, o governador age com cautela.
Na reunião do secretariado, Maggi colocou como primordial todos os esforços no sentido de garantir o pagamento do aumento salarial de 10,48% que é a inflação do ano passado mais 4% de aumento real para o funcionalismo público. A folha de pagamento é responsável pela circulação de R$ 200 milhões todos os meses na economia de todo o Estado, recurso este que aquece os negócios e movimenta o Estado.
"Num rápido comparativo com outras unidades da Federação, nós temos desempenho muito melhor e graças a todas as decisões que adotamos desde 2003", disse o secretário Chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, citando que no primeiro trimestre deste ano de 2009, "1,5% a mais de empresas abriram firma aqui em relação a 2008", disse ele, apontando que as exportações cresceram 41,6% e o número que pessoas que chegaram via Aeroporto Marechal Rondon foi maior em 36 mil passageiros se comparados com o ano passado.
O secretário assinalou que o governador voltou a defender que apenas as áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e social não sofrerão nenhum tipo de redução em seus orçamentos. "Os demais, dependendo do comportamento das receitas públicas podem ter novos valores contingenciados", frisou Novacki que lembrou estar o governador atento para a movimentação da economia estadual em relação a economia nacional e até mesmo a mundial.
A grande preocupação do chefe do Executivo estadual é em relação ao mês de abril e maio, quando a nova safra agrícola que será colhida em 2010 terá que ter garantido seus recursos, sob pena da crise se agravar num Estado essencialmente agrícola como Mato Grosso. "Havendo crédito para a agricultura, Mato Grosso terá os reflexos da crise mundial sensivelmente reduzidos", diz o governador Blairo Maggi.
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