TCE teme crise e suspende despesas com terceirizados

Preocupado com o impacto da crise econômica mundial, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antônio Joaquim, determinou a suspensão imediata de novas despesas com serviços terceirizados. O objetivo, segundo ele, é "enxugar" a máquina e dar exemplo aos prefeitos e demais gestores. "A crise econômica está batendo na nossa porta e já causou redução na arrecadação em Mato Grosso. O momento é delicado e precisamos cortar gastos. Vamos manter apenas o que for essencial. Somos um órgão fiscalizador e precisamos dar o exemplo aos gestores", ressalta.

O orçamento do TCE para este ano é de R$ 110 milhões. Destes, 60% (R$ 66 milhões) são utilizados para o pagamento da folha salarial. Entre despesas corriqueiras estão pagamentos de contas de água, energia elétrica, materiais de expediente e de consultoria. "Está tudo muito instável, não sabemos o que vai acontecer lá na frente. Temos que ser prudentes e não podemos ignorar os impactos da crise, que pode inclusive afetar o nosso orçamento". O presidente do TCE ressalta ainda que os contratos já assinados serão mantidos, mas que novas contratações de serviços passaram por um crivo mais exigente antes de serem firmados. "Depois que tudo isso passar poderemos fazer novos compromissos. Eles também são necessários, mas, alguns podem esperar".