PR insiste em excluir Sérgio Ricardo da disputa majoritária

Cúpula republicana diz que só Maggi tem candidatura definida. Governador vai disputar uma vaga no Senado

O presidente estadual do PR, Moisés Sachetti, revelou, nesta semana, que apenas o nome do governador Blairo Maggi está relacionado no projeto da sigla para as eleições de 2010, com vista à disputa por um cargo majoritário - nesse caso, uma vaga no Senado.

A informação é da repórter Sônia Fiori e está na edição deste domingo (12) do jornal Diário de Cuiabá. Segundo ela, a declaração de Sachetti passou a ser considerada por óticas distintas. Uma delas é considerada estratégica, pois visaria manter o arco de alianças que elegeu e reelegeu Maggi (em 2002 e 2006).

A outra seria "um duro recado" ao primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo, que, apesar da rejeição ao seu nome dentro do próprio PR, insiste em se apresentar para a disputa pela sucessão do governador.

O jornal informa, ainda, que, embora seja sabedor do acordo (praticamente selado) entre o DEM do senador Jayme Campos e o PSDB do prefeito Wilson Santos, Sachetti diz que o PR mantém-se aberto a um possível entendimento com os democratas, que compõem a base governista. Para ele, a aliança com o PSDB ainda não está sacramentada. Por isso, ele reitera o desejo de abrir um canal de negociação com o DEM.

Em Mato Grosso, o PR começa a alinhavar os pontos de uma costura política que pretende fazer o sucessor do governador Blairo Maggi. O recuo do diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, de pleitear o candidatura ao Governo, surpreendeu algumas lideranças republicanas, que, no entanto, ainda alimentam a esperança de que o ex-secretário de Maggi repense sua posição.

O jornal lembra que o próprio Moisés Sachetti é da ala republicana que ainda acredira que Pagot pode mudar de idéia.

Como Sachetti, outros líderes do PR reconhecem força política do deputado Sérgio Ricardo, mas o comando da sigla se nega a discutir essa questão diretamente com o parlamentar.

O certo é que o partido, paralelamente, discute com outros partidos, visando à definição de um nome que seja de consenso dentro do arco de aliança. Pelo menos nesse momento, um dos nomes que surgem com certa força é o do vice-governador Silval Barbosa (PMDB).