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Politica Brasil
Quinta - 09 de Abril de 2009 às 09:02

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Secretário-executivo do Ministério das Cidades, o cuiabano Rodrigo Figueiredo se transformou num espécie de porta-voz da classe política de Mato Grosso em Brasília. Ele é o braço-direito do ministro Márcio Fortes, o qual já substituiu diversas vezes, e controla um orçamento de R$ 8,5 bilhões. As obras do PAC em Cuiabá, por exemplo, agora ficam sob Rodrigo. Após os procedimentos de fiscalização, inclusive com constatação de irregularidades nos projetos, a Controladoria-Geral da União orientou o prefeito Wilson Santos a resolver as pendências técnicas junto ao Ministério das Cidades. Essa atribuição foi parar no gabinete do cuiabano, ordenador de despesas da pasta. Estão previstos para Cuiabá R$ 238 milhões para obras de saneamento, via PAC. Nem 10% desse montante foi liberado. O prazo para execução dos projetos é até setembro do próximo ano.

Por conta de sua posição de destaque, Figueiredo, filiado ao PP do presidente da Assembleia, deputado José Riva, passou a ser cogitado pelo seu partido como opção à disputa às eleições de 2010. Apesar disso, ele jura que não tem qualquer pretensão política. No fundo, sua expectativa é outra. A tendência é que venha a ser ministro das Cidades, já que o titular Márcio Fortes deve se desincompatibilizar para disputar o Senado pelo Rio de Janeiro até abril do próximo ano.

Toda semana, Rodrigo, filho do ex-deputado Milton Figueiredo, recebe em seu gabinete um líder político em busca de orientação sobre montagem de projetos e caminhos para captar recursos, nem sempre voltados a sua pasta. O governador Blairo Maggi é um dos que procuram-no toda vez que visita a Capital Federal. Como tem bom trânsito com vários ministros, o secretário-executivo é solicitado pelo governador para ajudá-lo a viabilizar audiência com membros do primeiro escalão do governo Lula. A bancada federal também base a sua porta, assim como prefeitos e vereadores. Wilson Santos é um dos que passaram a frequentar o gabinete de Figueiredo.

O presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), por exemplo, retornou entusiasmado de uma visita feita ao cuiabano em Brasília no mês passado. O secretário-executivo deu a senha para este procurar o Ministério de Ciência e Tecnologia com vistas a apresentar projeto e assim implantar no Legislativo cuiabano uma sala de inclusão digital. Deucimar já montou a proposta e volta na próxima semana a Brasília já para protocolá-la, na esperança de logo receber até R$ 700 mil a fundo perdido.





Fonte: RD News

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