De olho no Governo, PMDB já assedia Mauro Mendes
Cacique Carlos Bezerra nega, mas admite conversa informal com republicano
Jovem promessa política, com um desempenho formidável nas eleições municipais do ano passado, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e um dos maiores empresários de Cuiabá no setor de estruturas metálicas, Mauro Mendes, começa a ser assediado por alguns partidos políticos.
Em 2008, Mendes disputou a Prefeitura de Cuiabá pelo PR e chegou ao segundo turno, com 114.432 votos, uma excelente performance para quem nunca disputou um cargo eletivo antes.
O PMDB saiu na frente e, recentemente, teve uma conversa reservada com Mauro Mendes, por meio do seu principal dirigente, o deputado federal Carlos Bezerra, presidente regional da sigla. Porém, Bezerra nega de pés juntos que não fez nenhum convite para que Mendes troque o PR pelo PMDB.
"O Mauro [Mendes] é hoje uma pessoa de destaque no meio político pelo resultado que obteve nas urnas nas eleições passadas e é uma liderança emergente. Então, é natural que haja essa aproximação para uma troca de idéias e conversas sobre a conjuntura política estadual. Mas, não foi feito nenhum convite para que ele venha para o PMDB", afirmou o cacique peemedebista ao MidiaNews.
Porém, Bezerra se contradiz logo adiante quando afirma que "Mauro é muito simpático ao PMDB e é natural, assim como qualquer sigla que abra as portas para ele se, eventualmente ele quiser e houver a possibilidade de fazer essa troca. O encontro, porém, foi realmente só para uma conversa conjuntural", garantiu.
O presidente regional peemedebista coloca esses encontros com uma coisa natural, tendo em vista que todos os demais partidos estão se movimentando no sentido de buscar musculatura para a disputa do ano que vem. E, segundo ele, cabe às bases e à militância trazerem para a sigla nomes fortes e representativos.
"As coisas acontecem naturalmente, o PMDB está recebendo, em todo o Estado, a adesão de lideranças sociais e com potencial político bastante expressivo. O partido está hoje numa situação bastante privilegiada, em níveis nacional e estadual. A tendência é que tenhamos candidatura própria já que, nesse momento, o nome do vice-governador Silval Barbosa aparece com expressividade, porém, também poderemos fazer parte da base de apoio de outra candidatura que representar maiores chances de vitória", disse Bezerra.
Articulações
O deputado federal afirmou, ainda, que o partido vem conversando, sistematicamente, com outras agremiações. Já se reuniu com o PR, de Blairo Maggi; na segunda-feira (13) se reúne com o PP de José Riva. Além do mais, já existe o interesse de uma conversa por parte do PSB, do deputado Valtenir Pereira, e o encontro mais esperado que está sendo alinhavado: com o DEM, que vem trabalhando a pré-candidatura do senador Jayme Campos ao Governo do Estado em 2010.
Para Carlos Bezerra, tudo está no campo das conjecturas e as definições só começarão a ocorrer a partir de janeiro do ano que vem, quando, os partidos que formam a base de sustentação do Governo, se mantiveram esse arco de aliança, vão avaliar o resultado de pesquisa qualitativa e quantitativa. Só a partir daí, segundo ele, vão definir quem serão os candidatos do grupo.
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