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Politica Brasil
Quarta - 08 de Abril de 2009 às 14:49

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A conta do telefone celular do Senado que o senador Tião Viana (PT-AC) emprestou à filha em viagem de férias ao México foi de R$ 14.758,07. O valor, ocultado por Viana, corresponde a 20 dias de uso - de 2 a 22 de janeiro - e foi pago por ele após a denúncia de adversários. O próprio senador confirmou o valor na terça-feira.

Viana afirmou que agiu como pai, preocupado com a ausência da filha do país. "Eu cometi um erro, paguei caro por esse erro e juro que foi a única vez em que emprestei o celular. Minha decisão foi tomada por puro instinto paternal, querendo manter contato com minha filha pelo fato de que ela e uma amiga atravessaram o México em uma viagem de ônibus", disse.

No dia 18 março, abalado pela denúncia de uso indevido de prerrogativa exclusiva do senador, que possui telefone celular sem limite de gastos e pago com dinheiro público, Viana depositou o valor na conta da administração do Senado.

O diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, acha o caso de Viana menos grave que outros em exame pela administração da Casa - pelo valor e por ter sido a única vez em que Viana cometeu o desvio. Significa que há outros casos semelhantes e contas muito mais expressivas. "O senador Tião Viana está sendo crucificado, mas a conta do telefone celular que ele emprestou à filha está longe de ser das maiores", disse.

A administração do Senado está passando um pente-fino nos gastos com os celulares. Além disso, a direção-geral abriu uma sindicância para investigar como e por que o ex-diretor da Secretaria de Telecomunicações Carlos Roberto Muniz tinha em seu poder um dossiê com gastos telefônicos de parlamentares, no qual alguns nomes de senadores aparecem com uma anotação manuscrita indicando quanto do valor global da conta é irregular. Muniz foi exonerado da função na semana passada, por ordem do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário da Casa.

No ano passado, o Senado gastou cerca de R$ 500 mil com contas de celulares. Os senadores não têm limite de gasto, mas o diretor-geral e os chefes de gabinete têm cota de R$ 350 e R$ 300, respectivamente. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".





Fonte: Agênci Estado

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